GGAL vai investigar se demissão de professor em escola foi homofóbica

16/04/2011 03:36 - Maceió
Por Redação
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O professor de Inglês, Adilson Pacheco de Carvalho do Colégio Evangélico Batista, localizado no bairro Bebedouro, em Maceió se defendeu das acusações feitas pela direção da escola e admitiu que sua demissão, nesta sexta-feira (15) ocorreu sem justa causa.

O Grupo Gay de Alagoas (GGAL) acredita que a demissão possa ter ocorrido apenas por discriminação, devido ao fato do professor ser homossexual.

A reportagem do CadaMinuto foi acionada, na última quinta-feira (14) pelo diretor da escola e proprietário José Moreira, alegando que o professor tinha recebido a carta de demissão e teria colocado os alunos contra a instituição de ensino. “O professor não tem compromisso, falta às aulas e chegava atrasado, desobedecendo todas as normas da escola. Esse é o motivo da demissão”, explicou o diretor.

Ontem o professor rebateu as acusações. “Não existiu nenhum problema para me demitir. Sempre honrei com meu trabalho, nunca cheguei atrasado, obedecia todas as normas da escola, afinal sou um bom profissional. Todos gostavam de mim desde os alunos a funcionários”, desmentiu Adilson Pacheco.

O professor afirmou ainda que os alunos não estavam chorando com medo e sim pelo afeto criado durante os três anos, ministrando aulas no colégio. “Os alunos choram por que não queriam que eu deixasse de trabalhar. Nunca incentivei ninguém a quebrar vidro ou fazer barulho nos corredores da escola”, se defendeu o professor.

A direção da escola chegou acionar policiais do Batalhão Escolar, para acalmar os ânimos. O presidente do Grupo Gay de Alagoas, Nildo Correia começou as investigações para descobrir se a demissão possa ter ocorrido por questões homofóbicas.

“O GGAL vai investigar o caso, está mais que provado que a demissão ocorreu por descriminação homossexual. Até onde apuramos o professor é um ótimo profissional”, explicou.

Nildo também revelou que outros casos parecidos existem com freqüência, não só nas escolas como em outros empregos, mas o medo de denunciar ainda predomina nas pessoas que são vítimas. Se ficar comprovada a homofobia, a escola deve ser processada.

“Caso existam provas o GGAL irá mover uma ação por danos morais e materiais contra o colégio”, finalizou

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