Acusados na morte do empresário Grilo são ouvidos como testemunhas

27/11/2014 05:51 - Maceió
Por Gilca Cinara e Karine Amorim - colaboradora
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Atualizada às 10h40.

Os dois acusados no assassinato do empresário Jair Gomes de Oliveira, conhecido como Grilo, Manoel Araújo e Gilberto Bispo, foram arrolados pelo Ministério Público Estadual (MPE/AL) como testemunhas de acusação durante o julgamento dos irmãos Josivaldo Rosendo Serbem e José Rosendo Serbem, nesta quinta-feira (27), no Fórum do Barro Duro.

O primeiro a prestar depoimento foi Manuel Araújo, que havia confessado o crime anteriormente. Segundo ele, o seu envolvimento no homicídio ocorreu devido a aproximação com Fernando Medeiros, apontado como o mandante, e José Rosendo Serbem. Antes de iniciar seu esclarecimento, houve uma discussão entre a defesa e acusação.

A defesa solicitou que o Juiz Geraldo Amorim não ouvisse os acusados. O pedido foi indeferido e a acusação solicitou que Manoel e Gilberto fossem ouvidos como testemunhas e não como declarantes, já que também são réus no mesmo crime. A filha do empresário também prestará depoimento.

O assistente de acusação, o advogado Lutero Gomes, afirmou que irá apresentar provas documentais e escutas telefônicas que mostram a participação dos irmãos no crime.

De acordo as investigações da Polícia Civil, o fazendeiro Fernando Medeiros é o mandante do crime. Medeiros foi preso, mas responde o processo em liberdade. Na época das investigações, familiares da vítima relataram para a polícia uma briga ocorrida no ano passado entre o empresário e Medeiros numa cafeteria da cidade, onde Grilo teria dado um soco no rosto de Medeiros. 

Familiares e amigos do empresário optaram por não falar com a imprensa durante o julgamento.  A única manifestação dos parentes foi expressa em camisetas com a foto do empresário onde pedem justiça pelo assassinato.  Uma amiga, abordada pela equipe do CadaMinuto, se limitou em apenas afirma que “ele (Grilo) era uma pessoa boa”. 

 O julgamento ocorre quase dois anos após o assassinato de Grilo em frente ao Colégio Cristo Redentor, localizado no município de Palmeira dos Índios.  O empresário estava se deslocando para uma partida de futebol entre amigos, quando foi alvejado por quatro tiros na cabeça, deflagrados por dois homens que estavam em uma motocicleta.  

Os advogados de defesa dos réus afirmaram, em entrevista ao CadaMinuto, que não existe provas que comprovem a participação deles no crime. “Os nossos clientes estão presos desde 2010 porque outros dois acusados nos crime, Manoel de Araújo e Gilberto Fernandes Bispo, afirmaram à Polícia que eles tiveram participação no homicídio. Fora isso, não há nenhuma prova que confirme essa afirmação”, afirmou Rodrigo Monteiro. 

O julgamento está previsto para ser concluído na noite de hoje.

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