OAB pede que seja aberta sindicância para apurar suposta tortura de militares a adolescente

03/06/2013 08:19 - Maceió
Por Redação com assessoria
Image

A Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL encaminhou à cúpula da Polícia Militar, nesta segunda-feira (03), a denúncia de tortura supostamente praticada por integrantes da corporação contra um adolescente de 13 anos. A família que denunciou o caso disse que a tortura ocorreu no dia 26 de maio no conjunto Osman Loureiro, no bairro do Tabuleiro do Martins.

Na denúncia encaminhada nesta segunda, a OAB pede seja instaurada uma sindicância para apurar os supostos ilícitos ocorridos durante o evento e caso seja necessário, que sejam punidos os autores.

O parecer foi encaminhado para o Comandante Geral da Policia Militar de Alagoas, Cel. Dimas Cavalcante, o Corregedor Geral da PM/AL, Cel. Louvercy Monteiro de Oliveira, à Promotora de Justiça Responsável pelo Controle da Atividade Externa da Polícia, Karla Padilha, ao Chefe do Gabinete Civil do Governo de Alagoas, Álvaro Machado e ao Diretor Geral da Polícia Civil do Estado, Del. Paulo Cerqueira.

"Solicitamos que seja instaurada sindicância, objetivando apurar os supostos ilícitos ocorridos durante o avento e responsabilizar a quem de direito. Também queremos nos manter informado acerca do andamento das medidas que forem adotadas", afirma Daniel Nunes, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL.

A comissão de Direitos Humanos da OAB recebeu a denúncia na última quarta-feira (29). Na ocasião, a mãe do adolescente relatou que o filho foi abordado por policiais militares no conjunto. Segundo a família, o garoto apresenta lesões por todo o corpo e afirma que os militares o torturaram com choques elétricos, chutes e socos.

A família do garoto procurou a Polícia Civil, que instaurou um inquérito para apurar o caso. No entanto, segundo o presidente da comissão, Daniel Nunes Pereira, o documento trata o caso como lesão corporal, quando, na verdade, teria ocorrido tortura.

"Os parentes do adolescente procuraram a OAB relatando a tortura sofrida por ele. O exame de corpo de delito confirma as lesões. No entanto, pelos relatos da vítima, houve tortura e excesso por parte dos policiais. Nós vamos acompanhar de perto o caso e assistir à vítima durante o procedimento de investigação", relatou Nunes.

Os policiais militares acusados de tortura não foram identificados pela vítima, nem pela OAB. No entanto, para o presidente da Comissão de Direitos Humanos, não haverá dificuldades por parte da polícia em localizar os acusados.

Comentários

Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.

Carregando..