Governo do Estado diz que não tem interesse comercial no Canal do Sertão

21/03/2013 15:14 - Maceió
Por Agência Alagoas
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Que a água do Canal do Sertão vem do Rio São Francisco todos já sabem. O que pouca gente sabe é que para utilizar a água do São Francisco, o Governo do Estado precisa pagar uma taxa pelo direito de uso dessa água para a Agência Nacional de Águas (ANA), que fará o repasse adequado ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF). Em 2011, o Governo assegurou que haveria água no Canal do Sertão ao garantir a outorga e, desde então, vem pagando o uso desse recurso natural.

O secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Napoleão Casado, informa que os custos do Canal do Sertão vão além do uso da água. “É necessário que a população saiba que há investimento em água, energia, custos operacionais e com a manutenção do Canal”, afirmou. No entanto, Casado afirma que o Governo vem trabalhando com foco na Situação De Emergência na qual se encontra a região do Canal. “Ninguém pagará por água nesse estado de emergência”, falou.
 
Segundo o secretário, a preocupação imediata do Governo do Estado é promover o desenvolvimento sustentável na região, uma vez que a água não está sendo somente levada até o Canal, mas está chegando, de forma gratuita, até as propriedades e comunidades rurais. Desta forma, a população poderá utilizar a água em projetos de irrigação e melhorando sua qualidade de vida, com incremento, inclusive, de renda.
 
De acordo com o superintendente de Recursos Hídricos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Roberto Lôbo, foram outorgados 2.670 litros de água por segundo, que ainda não são utilizados em sua totalidade, mas são cobrados e pagos pelo Governo do Estado.
 
Após o fim da seca, que está prevista para continuar durante o ano de 2013, o governo irá discutir com a população a cobrança da água, após o desenvolvimento financeiro possibilitado pelo Canal do Sertão, assim como foram discutidos os pontos prioritários de abastecimento nos primeiros trechos da obra. “Não há interesse comercial no Canal”, ressalta Napoleão Casado.
 
 
 

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