Três dos acusados de praticar golpes clonando cartões de créditos em Maceió – detidos ontem na Operação Clone – já haviam sido presos no último mês de fevereiro em Sergipe aplicando o golpe conhecido como‘correspondências de portarias’. Eles se passavam por moradores e retiravam as cartas com cartões de crédito lacrados, segundo informações da polícia sergipana.

Ontem, em operação coordenada pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), Mauro César Oliveira, 25, e Felipe dos Anjos Pontes, 28 anos, foram presos novamente, já Rodrigo Barbosa de Oliveira Mendes, 26, se encontra foragido e pode ser preso a qualquer momento pelas equipes que estão à sua caça. À época da prisão em Sergipe, os acusados relataram às autoridades que aplicavam o mesmo golpe em condomínios na grande Maceió.

De acordo com o promotor Alfredo Gaspar de Mendonça, a quadrilha atuava de quatro maneiras: a primeira era entrar em contato com sites nacionais e comprar dados de clientes no valor de R$ 100, cada; o segundo consistia na captura de dados onde o cliente pagava uma conta em uma determinada loja e antes que o cartão fosse debitado na máquina eletrônica da rede era inserido em outra máquina que capturava todos os dados; a terceira era o envolvimento de carteiros e porteiros de prédios e a quarta era por meio de vírus por computador.

Dezenove pessoas foram presas, sendo que 12 confessaram o crime após a promotoria oferecer o benefício da delação premiada. Os acusados estão na Casa de Custódia aguardando a conclusão das diligências. O esquema, desbaratado com a Operação Clone, contava com a participação de empresários, porteiros de prédios e funcionários de estabelecimentos.

Policiais Militares, agentes da Polícia Civil e policiais Força Nacional cumpriram 26 mandados de buscas e apreensão e prisão expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.