Os serviços do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) poderão ser paralisados em Maceió por conta de um imbróglio envolvendo membros do Sindicato dos Trabalhadores de Segurados Social (Sindprev) e a gerência executiva do instituto em Alagoas, por conta das instalações e condições de trabalho na agência Ary Pitombo, no centro da capital alagoana.

Segundo o Sindprev, há mais de quatro anos existe um projeto para mudança da agência Ary Pitombo, situada na Praça dos Palmares, centro da cidade, para um outro local maior e que atenda a demanda, uma vez, que a situação da agência é periclitante.

Membros do sindicato afirmam que não existe condições de trabalho na agência que atende a parte baixa da cidade. Infiltrações, risco de desabamento e a proliferação de insetos e outros bichos estão entre as reclamações dos trabalhadores.

Em contato com o presidente do Sindprev, Cícero Lourenço, foi informado que várias reuniões já foram realizadas e nenhuma medida foi tomada. “Há mais de dois anos iniciamos essa conversa e nos foi informado que poderíamos mudar para a sede antiga da TIM na Avenida, mas, não houve sucesso”, disse.

Com relação ao seguimento do trabalho, mesmo sem a mudança da sede, o representante do sindicato foi taxativo. “Ano passado nós tivemos algumas reuniões e chegamos a limitar os serviços por conta disso. Na próxima segunda-feira estaremos realizando outra reunião e dependendo do que acontecer até lá, poderemos repetir esse movimento”, afirmou Lourenço.

O CadaMinuto entrou em contato com o gerente executivo do INSS em Alagoas, Edgar Barros, para saber a posição do instituto com relação a possível mudança e a cobrança do sindicato. “Sem a participação do sindicato, nós estamos trabalhando. Por conta do movimento, estamos priorizando as agências do interior e estamos partindo para a capital e não apenas a agência citada (Ary Pitombo). Cada um faz o seu trabalho, mas o sindicato não pode reclamar como se tivéssemos inertes. Estamos trabalhando e contamos com o apoio até do presidente do INSS Mauro Luciano Hauschild”, disse.

Com relação à mudança da agência Ary Pitombo para a sede antiga da Tim, na Avenida Assis Chateaubriand, as duas partes divergem sobre o caso. O sindicato afirma que a caixa cogitou em investir na compra da sede, uma vez que o conselho administrativo da TIM vetou a possibilidade de alugar a sua antiga sede.

Por outro lado a gerência executiva do instituto afirma que as conversas reuniões estão sendo realizadas e a negociação não está encerrada, mas, faz algumas ressalvas com relação a cobrança e exigência de prazos para a mudança. “Nós não temos um cofre aqui, para podermos pagar as empresas especializadas e realizar esta mudança. Outra coisa. Nós temos de respeitar a legislação, as normas e as regras e não podemos estipular prazos simplesmente porque o sindicato está cobrando”, disse.

Sobre uma possível paralisação dos membros do Sindprev, que se reúnem na próxima segunda-feira para analisarem a situação do prédio e as condições de trabalho, o gerente executivo Edgar Barros foi curto. “Nós estamos trabalhando para resolver todas as dificuldades que temos a consciência que existem. Mas, é no mínimo uma irresponsabilidade paralisar os trabalhos, prejudicando uma população que necessita desses serviços”, finalizou.