O assunto sobre a unificação das polícias voltou à tona após a greve da Polícia Militar na Bahia. E mais uma vez a proposta da emenda constitucional que estabelece um piso salarial para bombeiros e PM’s , a PEC 300, voltou a ser tema no Estado para a aprovação do Congresso. Às vésperas do Carnaval, o que se cogita é a possibilidade de paralisação geral da Polícia no país, o gera uma inseguraça na população.

O clima de insegurança não foi instalado apenas na Bahia. Em Alagoas, por exemplo, a questão não é tão diferente. O Estado ocupa a primeira posição no ranking com o maior número de homicídios por 100 mil habitantes, as delegacias funcionam de forma precária, chegando até ser interditadas.

Para o advogado e especialista em Direitos Humanos, Pedro Montenegro, a filosofia de unificação das polícias pode ser uma alternativa, porém, é preciso ter cuidado e elaborar estudos para saber a melhor maneira de integrar.

“Muito se discute sobre esse assunto e acredito sim na integração das polícias. A segurança pública está falida. E a sociedade não se sente segura, e nem acredita que haverá uma mudança repentina. O que pretendem é fazer uma solução de afogamento”, afirmou Montenegro.

Conforme o advogado, os interessados das partes, calibram o discurso das deficiências e ineficiências do outro e fecham os olhos para os seus próprios problemas. “A Polícia Militar é uma segunda categoria, que vive com respaldos de uma ditadura militar, já a Polícia Civil é campeã no Estado em não elucidar os crimes. As duas não apresentam identidade”, frisou Pedro.

Caso a unificação seja aprovada, provavelmente fará com que resultados práticos, sejam obtidos depois de vários anos. “Mas nada impede um exercício de reflexão. Aqui em Alagoas a Secretaria de Estado da Defesa Social que seria para fazer essa ponte, não integra nada. A ideia seria de integração das polícias, mas a briga já começa porque um coronel é quem está a frente”, finalizou o advogado Pedro Montenegro