A direção da Universidade de Ciências da Saúde em Alagoas (Uncisal) aguarda um parecer da empresa responsável pela elaboração das provas do vestibular, a Exatus – Promotores de Eventos e Consultoria, do Paraná, para saber que procedimentos devem ser adotados, depois das denúncias de vestibulandos referentes a irregularidades. Eles pedem a anulação do certame e já protocolaram um documento no Ministério Público Estadual (MPE), junto ao promotor Jamil Barbosa, da promotoria da Fazenda Estadual.
Segundo a assessoria de comunicação da Uncisal, a Exatus já está em mãos de todos os recursos impetrados pelos estudantes. Na próxima quarta-feira (14), um relatório deve ser encaminhado pela empresa e passará por uma análise minuciosa da direção da universidade. Só então que deverá sair alguma resposta quanto a possibilidade de anulação do certame. A expectativa é que uma coletiva de imprensa seja concedida até o final da próxima semana.
As provas foram realizadas nos dias 4, 5 e 6 deste mês e, de acordo com os estudantes, além de questões mal elaboradas, vários erros de português puderam ser constatados. Dentre as irregularidades citadas, está a assinatura nas provas de redação (o que normalmente é proibido para garantir a lisura do vestibular) e de que várias pessoas foram submetidas ao vestibular com o celular na banca e documentos que não foram conferidos pelos fiscais.
O grupo afirma ainda que das 140 questões, pelo menos um quinto poderiam ser anuladas. Este número é considerado grande e pode ser decisivo no momento do somatório de pontos para o ingresso na faculdade pública, uma das mais concorridas na área da saúde em Alagoas.
Hoje, além de um grupo de estudantes ter novamente ido ao Ministério Público, alguns candidatos se reuniram em frente à sede da universidade, localizada no bairro do Trapiche da Barra, em Maceió. Enquanto aguardam o posicionamento da direção, os vestibulandos temem saírem prejudicados por conta das deficiências apresentadas no certame.
De acordo com os estudantes, o erro no gabarito não se deu pelo fato de ter que desenhar os espaços de marcação como colocado anteriormente. Na verdade, o problema se encontra no gabarito que foi entregue em substituição ao primeiro, que continha problemas de impressão. No segundo gabarito não havia os dados do candidato e o código de barras para o leitor óptico. O candidato é que teria de redigir as informações pessoais a mão livre.