Problemas estruturais e muitas reclamações. Esta é a realidade de moradores do condomínio Galápagos, localizado na Avenida Durval de Góes Monteiro, em Maceió, e que faz parte do Programa de Arrendamento Residencial (PAR). As questões já entraram por diversas vezes em debate com os responsáveis pela construção, mas parecem estarem longe de serem resolvidas.

Na última sexta-feira (02) uma bomba caiu, literalmente, sobre as cabeças dos moradores. A caixa d’água que armazenava o líquido para abastecer três dos dez blocos do condomínio desabou e por pouco não deixou feridos. Mas os danos materiais começaram a aparecer e perturbar o sono de quem já vive na expectativa da nova surpresa que possa surgir.

O incidente foi registrado por volta das 13h, mas o fato é que o vazamento constante dava pista do que poderia acontecer. Crianças brincavam numa das escadas no prédio e foram retirados por familiares, pouco tempo depois parte da caixa de fibra de vidro veio ao chão. O imenso estrondo assustou os condôminos.

"Eu estava em casa e ouvi o barulho"

A caixa d’água tem capacidade de mais de 6 mil litros, e com o desabamento a água escorreu provocando uma enxurrada que inundou alguns apartamentos do térreo. Um deles de Iury Holanda. “Eu estava em casa e ouvi o barulho. Tomei um susto enorme e me joguei no chão porque pensei que o prédio estava desabando. De repente vi água e lama invadir o apartamento”.

A tampa da caixa, como pode ser vista nas fotos registradas pelo morador, caiu em cima da cisterna, que acabou danificada. O pequeno jardim criado no local já não existe mais. Outro morador chegou a confirmar que tanta água correu pelo prédio que em seu apartamento alguns móveis ficam encharcados.

Eles falam em descaso por parte da empresa que administra o condomínio, a Terrali, já que o incidente ocorreu à tarde, mas um dos representantes da empresa só apareceu no residencial por volta das 20 horas. “Eles tentaram instalar uma caixa que seria abastecida com mil litros, destinados a fazer o abastecimento em três blocos. Ela seria colocada numa laje, mas impedimos porque isso seria um paliativo e queremos uma solução definitiva”, disse outra moradora Adjanete Bezerra.

Os moradores enfrentam por mais um problema, parecido com o ocorrido em 2009, quando o tanque que abastecia o bloco H foi desativado. “Houve um problema na caixa, que ficou inclinada e precisou ser bloqueada. Ela só não caiu porque ficou sustentada pelos apartamentos. Estamos vivendo um descaso e precisamos que alguém olhe por nós, e resolva nosso problema”.

Enquanto a empresa responsável não soluciona o caso, os moradores vivem há quatro dias sem água nas torneiras, precisando encher baldes para todas as necessidades. A reportagem tentou conversar com a Terrali mas até o momento não obteve sucesso.