Agentes da Polícia Federal, Receita Federal e Força Nacional estiveram durante as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (20) cumprindo mandado de busca e apreensão em uma das maiores academias de ginástica de Alagoas, a TOP, localizada no bairro da Pajuçara, em Maceió.

A operação denominada ‘Rodoleiro’, tem como alvo crimes de ordem fiscal, fraudes na restituição de imposto de renda de servidores públicos e o desvio de recursos da folha de pagamentos do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas. Os doze mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Alagoas.

As buscas abrangem residências e estabelecimentos comerciais nas cidades de Maceió, Barra de Santo Antônio e Atalaia, no Estado de Alagoas, e contam com a participação de 29 servidores da Receita Federal e 80 da Polícia Federal.

Os agentes chegaram à academia por volta das 5h30, quando poucos alunos estavam no local. Eles pediram para que todos deixassem a academia e assim as buscas foram realizadas. Apenas os funcionários do setor administrativo estabelecimento permaneceram no local. De acordo com informações apuradas pelo CadaMinuto, os policiais federais deixaram a academia com um cofre e vários documentos que foram apreendidos.

Outros dois locais também seriam alvos de mandados de busca e apreensão, entre eles duas residências localizadas no Conjunto Adelbaran, mais precisamente no residencial ALPHA, onde um veículo e vários documentos foram levados pelos agentes.

No decorrer das buscas foram encontrados animais silvestres (pássaros) em cativeiro, originando sua apreensão e encaminhamento ao IBAMA.

O sócio-gerente da academia Sérgio Timóteo Gomes de Barros teria sido levado à sede da Polícia Federal, no bairro do Jaraguá. O delegado Antônio Miguel, delegado interino da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, comanda a ação.

Durante as investigações verificou-se a existência de fraudes nas restituições de imposto de renda de servidores do Tribunal de Contas de Alagoas, mediante a elevação indevida do imposto de renda retido na fonte – IRRF.

As investigações também apontam para o desvio de recursos públicos da folha de pagamentos do Tribunal de Contas de Alagoas. Nos últimos dois anos as despesas com pessoal foram superiores aos valores informados à Receita Federal em mais de R$ 30 milhões.

A operação foi batizada de “Rodoleiro” por existir a suspeita de lavagem de dinheiro por parte do grupo investigado utilizando a criação de cavalos de raça. Rodoleiro é o nome de um tipo de carrapato que ataca principalmente os cavalos.

A Policia Federal confirmou uma coletiva de imprensa as 10h30 com todas as informações sobre a operação.