Mesmo após o fim da validade da seleção para o concurso realizado em Alagoas no ano de 2006, o governo terá que nomear os que foram aprovados para trabalhar na Polícia Militar. O julgamento do caso ocorreu na última semana e os novos servidores devem reduzir a carência de 8.212 soldados.

Segundo o procurador Luciano Chagas, os aprovados na seleção pública deverão ser chamados imediatamente em função do alto déficit de policiais, o que motivou a ação. No documento é citado que Alagoas precisa de 10.068 soldados, mas só tem 1.856. Somando todas as patentes de suboficiais, seriam necessários 15.202 militares, mas o Estado só conta com 6.766, deixando um gigantesco claro de 8.436 agentes de segurança pública. O número equivale a mais de 55% de déficit humano na corporação.

De acordo com o vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Alagoas (ACSPMBMAL), cabo BM Rogers Tenório, essa decisão do STF só irá trazer melhorias à segurança pública em Alagoas que, atualmente está com altos índices de violência. Entretanto, segundo ele mesmo com a nomeação destes novos soldados que, por ventura venham a ser convocados, a quantidade não será suficiente para suprir às necessidades do Estado. “Alagoas precisa, no mínimo, de 3 mil soldados, sendo 2 mil policiais e mil bombeiros militares para minimizar o problema de segurança pública no Estado. Para se ter ideia de como está a violência aqui, há três dias a residência do meu irmão que também é militar, foi arrombada e furtada. Se estão fazendo isso em residência de militares, imagina na de um cidadão comum”, finalizou Tenório.