O Partido da Segurança Pública e Cidadania (PSPC), idealizado por agentes da segurança pública de todo Brasil nasce gerando polêmicas, por supostamente ter uma segmentação acerca de seus filiados. Em Alagoas as articulações para o registro provisório da legenda, de número 56 já começaram, com a comissão eleitoral provisória que tomou posse na sede da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), no bairro do Trapiche, na última quinta-feira (04).
No Estado, entre a diretoria do PSPC, que foi registrado e publicado no Diário Oficial da União (DOU), está o subtenente da reserva Estevão dos Santos (presidente) o agente penitenciário, Marcelo Avelino (secretário geral), o sargento Djalma Rodrigues (tesoureiro), o sargento Jadiel de Oliveira (diretor jurídico) e o policial civil, Maurício Torres. Agora, seus membros precisam de 498 mil assinaturas de apoio ao partido em todo país, para que o PSPC seja homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo o presidente nacional do PSPC, Edinaldo Farias, o objetivo é eleger candidatos ligados a segurança pública nas esferas federais, estaduais e municipais. Ele ressaltou que com a legenda, os agentes da segurança pública pretendem mudar o paradigma de que a polícia é violenta.
Para contribuir com assinaturas os interessados deverão procurar a comissão eleitoral provisória. No entanto, os militares só poderão se filiar três meses antes do pleito eleitoral, caso sejam candidatos.
O cientista político Eduardo Magalhães classificou como um risco o surgimento de partidos fundados por categorias, destacando que o militarismo no PSPC pode ser um problema. “O partido terá que seguir todas as regras, utilizadas na corporação. Seria como uma instituição militar, afetando a democracia porque do ponto de vista civil todos são iguais. O perigo é que surja uma legenda fascista, baseada em ideologias ultrapassadas”, ressaltou.
Magalhães lembrou que já houve avanços para os militares, que conseguiram se candidatar, inclusive em Alagoas, nas últimas eleições. “Se houvesse um partido só com militares, por exemplo, seria bem complicado porque a sociedade é plural. O PT teve que se adequar à realidade política, quando o presidente Lula se elegeu, se afastando da ideologia inicial, voltada para os interesses do povo”, destacou..