A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, e a União dos Vereadores do Estado de Alagoas se reuniram – pela segunda vez, no dia de ontem – para debater o tema da reforma política, que anda ainda distante da sociedade. Esta distância tem incomodado os vereadores, que querem mecanismos para pressionar o Congresso Nacional a respeito de alguns pontos.
O motivo da mobilização dos edis alagoanos: o medo de que sejam usados como cobaias no processo de 2012, que já traz como novidade para estes o aumento do número de vereadores nas casas legislativas. Em Maceió, por exemplo, a Câmara Municipal tem até setembro para fixar um número de cadeiras que pode ser superior a 30.
O aumento no número de vereadores é extremamente impopular. Mas, no interior do Estado de Alagoas já vem se procedendo desta forma e são muitas as Câmaras Municipais que devem seguir este caminho. Na capital alagoana, ainda sem definição concreta. Mas, quanto aos pontos da reforma política, os vereadores buscam o fim das coligações, a derrubada da lista fechada, o fim da suplência de senador e a recusa do financiamento público de campanha, por temerem que o recurso não chegue ao interior do Estado.
Pela União dos Vereadores de Alagoas (UVEAL) quem lidera o grupo é o edil de Murici, Anízio Amorim (PMN). A comissão conta com vereadores de várias cidades, incluindo Maceió, com Paulo Corintho (PDT). A busca pelo apoio da OAB/AL – não para defender os mesmos pontos, pois há divergências com a Ordem – se dá pela ampliação do debate e trazer mais pessoas para o tema, inclusive uma discussão com os congressistas de Alagoas.
De acordo com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Omar Coelho, a OAB propôs a criação de um fórum aberto para a discussão de reforma política, com espaço para o público em geral. Amorim ressalta que a população como um todo está desinformada das possíveis mudanças de regras no jogo eleitoral, sobretudo a do interior.
“A população está mal informada. A reforma política só será justa se for feita com a participação da população. Precisamos caminhar paralelo à OAB para esclarecer a população sobre as propostas da reforma política e saber se elas realmente são admissíveis”, finalizou Anízio Amorim.
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