Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (07), o Movimento Unificado dos Militares decidiu aceitar a proposta do Governo de Alagoas. A categoria concordou com os 7% retroativos a serem aplicado mês que vem. Entre as exigências da classe, está a retirada da punição, anunciada pelo Secretário Dário César, a líderes do Movimento que participaram de protestos.
Os militares pedem ainda que, em abril de 2012, os salários sejam corrigidos tendo como base a inflação, além do pagamento quinquênio e do ganho real sob a arrecadação do governo, que gira em torno de 3%.
Após a decisão tomada em assembleia, a categoria aguarda que a proposta do governo seja oficializada.
Decisão
A classe decidiu nesta terça-feira aceitar a nova proposta oferecida pelo Governo do Estado para a classe.
A proposta negociada entre os líderes das associações militares e o Governo visa o reajuste salarial de 7% retroativo a maio, a correção do quinquênio em abril de 2012 que irá depender do posto e do tempo de serviço de cada um, a reposição da inflação que pode chegar a 7%, mais o ganho real sobre a arrecadação do Estado que será por volta de 3% e uma mesa específica de negociação para a classe. Além disso, na proposta também está contida a não punição dos militares que participaram do movimento e a retirada dos projetos de OS e contratação de pessoas por 48 meses, esta última proposta é do movimento unificado dos servidores públicos do estado.
De acordo com o presidente da Associação dos Oficiais de Alagoas (Assomal), major PM Wellington Fragoso em dez meses os militares podem chegar a receber 17% de aumento, contando todos os ganhos até abril de 2012. “Estamos dando este crédito ao Governo, mas se a proposta não for documentada iremos às ruas novamente em busca do cumprimento do acordo que foi firmado”, ressaltou Fragoso.
“Existe hoje um canal de negociação entre nós e o Governo, mas deixamos claro que as negociações que vem ocorrendo são em paralelo ao movimento unificado, pois temos nossas especificidades”, disse o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), sargento Teobaldo Almeida.
Izac Jackson, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) salientou que não é uma decisão fácil de ser tomada a aceitação do percentual oferecido pelo governador Teotônio Vilela Filho, mas disse que tudo deve ser cumprido de acordo com os desejos colocados pela categoria. “Neste momento temos que nos resguardar, criar uma rede de proteção e reconstruir à caminhada”, finalizou.
Atualizada 19h12min