Em entrevista no programa do Caíque, no canal 25 da NET Maceió, o ex-governador Ronaldo Lessa confessou que ainda tem esperanças de assumir o governo do Estado com a cassação do mandato do governador Teotonio Vilela baseado na ação que entrou no TSE por abuso de poder econômico e político. À ação no TSE, da mesma forma que ocorreu no TRE, foi anexado um dossiê apontando diversas irregularidades na campanha de reeleição do governador tucano.

Lessa chegou a fazer um comparativo do seu governo com o de Teo dizendo que em sua gestão dobrou o número de matriculas dos estudantes para 300 mil, construiu escolas e valorizou os professores, além de democratizar as escolas com a realização de eleição direta para diretor.

Outro dado que enfatizou na entrevista é que ele fez concursos públicos durante seus dois mandatos no Executivo. Citou como exemplo, o fato de metade dos militares do Corpo de Bombeiros terem entrado na corporação durante seu governo.

O ex-governador condenou a propaganda mentirosa que, segundo ele, o governo tucano vem divulgado na tentativa de confundir os alagoanos menos esclarecidos e advertiu que o desgaste de Teotonio diante do servidor é preocupante e só prejudica os alagoanos. “Eu jamais entraria nesse confronto”, disse. Exemplificando, disse que quando era prefeito foi até uma assembléia dos professores e pediu mais apoio, terminando a greve. “Na segurança, outro exemplo: estava ruim, eu fiz concurso e resolvi o problema”, completou.

– Qual é a obra que ele fez e o aumento que deu ao servidor – indagou Lessa, alfinetando seu sucessor no Palácio República Zumbi dos Palmares. Para ele, o governo tucano “só sabe mesmo é gastar com aluguéis de carros, jogando no ralo o dinheiro enviado pelo governo federal e que deveria ser investido na melhoria da saúde, da educação e, também, em obras de infraestrutura”.

Mesmo alimentando a esperança de assumir o governo com a saída de Teo, Lessa tem plano também de retornar à Prefeitura de Maceió. E se isto ocorre no próximo ano, promete que não desrespeitará o eleitorado da capital. Vai cumprir o mandato de quatro anos, descartando assim a possibilidade de disputar o governo em 2014. "Não darei calote no eleitorado de Maceió”, avisou, prometendo dizer na hora oportunidade quem será seu candidato ao governo na próxima eleição.

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