As lideranças militares em Alagoas pretendem ingressar na justiça uma ação contra o comandante geral da Polícia Militar por calúnia e difamação após suas declarações à imprensa responsabilizando os presidentes de associações militares pelo atentado ocorrido a um prédio da PM.
As associações irão se reunir com o corpo jurídico para discutir os detalhes. Cada entidade irá entrar com um processo por calúnia, difamação pelas acusações infundadas e sem provas.
"A mobilização é grande e foge do nosso controle. A gente não pode prevê que uma coisa dessa possa acontecer. Devido a toda situação que estamos passando, especialmente após a gargalhada do Governador, os ânimos estão acirrados. Não mandamos ninguém depredar nenhum órgão público", afirmou o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (ASSOMAL), Major Wellington Fragoso.
Os líderes de classe acreditam ainda que o episódio está sendo usado para desvirtuar a atenção dos problemas dos servidores para um ato de um grupo isolado contra órgãos públicos. "Esse tipo de ato não é legal e não compactuamos com atos dessa natureza, pois quebra o estado democrático de direito. Fazemos manifestações pacíficas e atos isolados devem ser apurados. O comandante geral deve primeiro apurar o caso antes de qualquer acusação. Nesse momento tem que haver equilíbrio de todos", acrescentou o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), sargento Teobaldo de Almeida.
“Não podemos ser responsabilizado pelo ato sem apuração. Fomos acusados prematuramente antes mesmo de terem sido realizados os levantamentos do crime. No entanto, o maior responsável pelos atos dos últimos dias é o Governo de Alagoas”, afirmou o presidente da Associação de Praças, cabo Wagner Simas.
Eles informaram que todo movimento é planejado para seguir de forma pacifica e ordeira. "Estão nos imputando culpa que não temos. Esta é uma luta justa. O Governo fica alheio e não busca resolver com cada categoria. Assim, o problema tende a se agravar, já que, a insatisfação é de quase 100%", disse coronel José Campos, presidente da Associação dos Oficiais da Reserva.
Na próxima quarta-feira, 25, os policiais e bombeiros militares devem participar de uma assembleia geral para discutir os novos rumos das mobilizações.