O conjunto Selma Bandeira, no complexo habitacional Selma Bandeira, completou nesta quinta-feira (12), um ano de policiamento comunitário, com resultados positivos. Parte dessa experiência de sucesso, lembrou a secretária de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos de Alagoas, Marluce Caldas, se deve ao trabalho atuante das Mulheres da Paz – programa federal executado em Alagoas pela pasta de Cidadania.

“Fico emocionada com o trabalho realizado pela Polícia Comunitária no Selma Bandeira. É um trabalho executado também com a parceria das Mulheres da Paz da Secretaria da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos”, destacou a secretária Marluce Caldas.

Após um ano de trabalho no conjunto Selma Bandeira, a Polícia Comunitária conseguiu reduzir os índices de violência na comunidade formada por cerca de 10 mil moradores. Segundo a Polícia Militar, em 12 meses, foram registrados apenas três homicídios.

Segundo a secretária, o sucesso da integração da polícia com a comunidade é comprovado através do número de pessoas que deixaram de morrer. “Em apenas um ano, inúmeras vidas foram salvas e os índices de violência reduzidos”, frisou.

Marluce Caldas lembrou que no complexo Benedito Bentes o programa Mulheres da Paz conta com 100 mulheres capacitadas e engajadas na promoção de ações de cidadania e de paz.

Para comemorar o primeiro aniversário do Polícia Comunitária no Selma Bandeira, um bolo com aproximadamente dois metros foi feito pelas Mulheres da Paz.

“Hoje comemoramos a vida e a paz. A semente foi lançada aqui no Selma Bandeira. A Polícia Comunitária foi um instrumento de mudança na comunidade”, acrescentou o coronel Dalmo Sena, comandante geral da PM alagoana, lembrando que o último crime registrado no conjunto foi em janeiro passado.

O secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, aproveitou a oportunidade para anunciar aos moradores do Selma Bandeira que uma nova base da Polícia Comunitária será construída nos próximos dias no conjunto.

Moradores do conjunto declararam que a Polícia Comunitária mudou suas vidas. “A violência reduziu muito no conjunto. A gente vivia em meio ao tráfico de drogas, crimes e tiroteios. Hoje, a situação é diferente. As crianças podem brincar na rua e a gente pode andar a noite sem medo”, declarou a dona-de-casa Betânia Vieira.

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Thiago Sampaio

Modo de policiar mudou realidade das crianças da localidade, diz PM


O comandante do 5º BPM (Batalhão de Polícia Militar), coronel Dorgival Ferreira, declarou que a meta da instituição militar é levar o sucesso da Polícia Comunitária para outros bairros da cidade.

“Antes, a realidade era bem diferente da atual. As ocorrências que poderiam ser registradas em um ano, ocorriam em apenas um mês. Depois da Polícia Comunitária, os moradores se sentem seguros. São 17 policiais divididos em turnos de quatro. Queremos que esse projeto seja implantado em outras áreas da cidade”, frisou o comandante.

O sargento Hamilton Eliziário, que atua na Polícia Comunitária do Selma Bandeira desde que o projeto foi colocado em prática, declarou que atualmente a comunidade tem uma nova perspectiva de vida.

“Quando a gente chegou aqui as crianças apontavam o dedo como se estivessem atirando contra as viaturas. Hoje, quando uma guarnição passa, elas acenam com carinho. Muitas falam que querem ser policiais ao crescerem”, declarou o militar emocionado com o sucesso do projeto.

Ele informou ainda que a PM, além das rodas pelo conjunto, faz visitas as casas dos moradores e conta com a ajuda das Mulheres da Paz para realizar o atendimento social as famílias.

“Temos uma ficha de cadastro onde colocamos todos os problemas que foram detectados com determinada família visitada. Um relatório é feito e a demanda é encaminhada para os órgãos competentes para serem resolvidos. As Mulheres da Paz prestam uma ajuda importantíssima na demanda social”, frisou ele.