Relatório recente aponta quantidade de metais pesados acima do “limite aceitável” no manancial

Um relatório recentemente produzido pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) aponta a necessidade do monitoramento contínuo, da atividade mineradora no município de Craíbas, para prevenir a contaminação do Riacho Salgado por metais pesados e proteger os ecossistemas aquáticos e a saúde humana.

 

 

Técnicos do IMA/AL realizaram análise no município e indicam uma possível contribuição da atividade de mineração para a deterioração da qualidade da água, por conta de quantidade elevada de metais pesados no riacho, localizado no entorno da Mineração Vale Verde (MVV), que no mês de março foi adquirida pelo grupo chinês Baiyin Nonferrous por mais de R$ 2,3 bilhões.

Nos anos de 2021 e 2022, um estudo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) já indicava a elevação de metais pesados e níveis acima dos limites toleráveis nas águas do Riacho Salgado, manancial que fica próximo da mineradora. Em 2023, a equipe fez nova avaliação e os valores permaneciam elevados.

Técnicos do IMA/AL realizaram análise no município e indicam uma possível contribuição da atividade de mineração para a deterioração da qualidade da água, por conta de quantidade elevada de metais pesados no riacho, localizado no entorno da Mineração Vale Verde (MVV), que no mês de março foi adquirida pelo grupo chinês Baiyin Nonferrous por mais de R$ 2,3 bilhões.

Nos anos de 2021 e 2022, um estudo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) já indicava a elevação de metais pesados e níveis acima dos limites toleráveis nas águas do Riacho Salgado, manancial que fica próximo da mineradora. Em 2023, a equipe fez nova avaliação e os valores permaneciam elevados.

Agora, as análises feitas pelos técnicos do IMA/AL Kleber Fortes, Ricardo Oliveira e Victor Silva, sob a supervisão da Gerência de Laboratório (Gelab), apontaram resultados acima do permitido para Cobre Dissolvido, Chumbo Total e Alumínio Dissolvido, além de valores elevados de Manganês Dissolvido.

Esses resíduos, também chamados de rejeitos, são formados por rochas trituradas, água contaminada de produtos químicos usados no processo de separação dos minérios.
As partículas de rejeitos afetam a fauna e a flora aquática, reduzindo a biodiversidade local e comprometendo a saúde das comunidades que dependem desses recursos hídricos. Além disso, o contato frequente com águas contaminadas pode causar doenças de pele, problemas respiratórios e, em longo prazo, até câncer.

A Tribuna teve acesso ao relatório do IMA/AL que apresenta os resultados da análise da qualidade da água do Rio Salgado e do Rio Traipu, em Craíbas, realizada pelo Gelab em julho de 2024, em resposta a uma denúncia sobre os impactos da mineração da empresa Mineração Vale Verde na comunidade local.

Mineradora diz seguir protocolo ambiental

No documento é citado que a análise de amostras coletadas a montante e a jusante da mineradora, bem como no ponto de lançamento de efluente tratado, revelou diversas irregularidades nos parâmetros físico-químicos da água, em comparação com os padrões estabelecidos pelas resoluções Conama nº 357/2005 e nº 430/2011 e pela IN nº 001/2018.
Ainda de acordo com o relatório, há níveis inadequados de Coliformes Termotolerantes (fecais), Fósforo total, substâncias que produzem cor, odor e turbidez, e Oxigênio Dissolvido, além de concentrações elevadas de Fósforo Total, Nitrogênio Nitrato e Nitrogênio Nitrito.

E na saída do efluente (riacho) foram detectadas concentrações de Sulfeto total e Óleos e Graxas acima dos limites permitidos, com um valor alarmante para óleos e graxas.
O relatório também compara dados de monitoramento pré e pós-operação da mineradora (2008-2009 e 2021-2023) em dois pontos específicos (ASP 06 e ASP 08).

Resposta da empresa

A Mineração Vale Verde reitera o seu compromisso com o meio ambiente e comunidades anfitriãs de suas operações e esclarece que segue todas as diretrizes estipuladas pela legislação e órgãos ambientais vigentes.