Athayde de Oliveira, nasceu na cidade de Pão de Açúcar, no Estado de Alagoas, em 02 de novembro de 1912, onde passou toda a sua infância e parte da adolescência, ainda jovem, foi para Maceió, onde tomou um navio a vapor com destino a São Paulo, onde ingressou no Exército Brasileiro e lutou na Revolução Constitucionalista de 1932, ao lado das tropas do presidente Getúlio Vargas.
Com o término da Revolução, em outubro de 1932, retornou ao Estado de Alagoas, onde ingressou na Força Pública Estadual, depois transformada em Polícia Militar de Alagoas, onde permaneceu até ir para a reserva remunerada no posto de Coronel.
Quando da sua estada na Polícia Militar de Alagoas, participou da campanha de combate ao banditismo, cujo chefe maior era Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, servindo no segundo Batalhão de Polícia, sob o comando do Coronel Lucena Maranhão, cujo sede era no município de Santana do Ipanema.
Tinha nesta época, como companheiros de caserna, militares ilustres a exemplo de: João Bezerra, Antônio Francisco de Oliveira, Mata, Rijo, Miguel Raimundo, Antônio Monteiro, Cabral, Cícero Durão, Cícero Argolo, Anacleto Marinho Suruagy, Manoel Marcelino, Claudionor Rocha, José Pereira, Capelão Luiz Marinho, dentre tantos outros.
Durante sua vida militar, trabalhou em várias cidades alagoanas, como comandante e delegado, podendo citar algumas como Maceió, Santana do Ipanema, Murici, Atalaia, Penedo, Piaçabuçu, Pilar, Rio largo, São Luiz do Quitunde, Matriz do Camaragibe e Arapiraca, dentre outras, além de ter sido o segundo comandante do Corpo de Bombeiros.
Quando foi Assistente Militar do governador Muniz Falcão, num momento conturbado da vida política alagoana, foi especialmente designado pelo Governador do Estado, para pacificar o município de Arapiraca, que encontrava-se num momento de muita agitação política, com ânimos acirrados entre governistas e oposicionistas. Isso foi lá pelos idos de 1956. Foi nesta ocasião que conheceu Arapiraca e seu povo hospitaleiro. Durante o período em que permaneceu como delegado de Arapiraca, cumpriu rigorosamente a determinação do Governador e manteve a paz entre os grupos políticos liderados de um lado pelo então Deputado estadual Claudenor Lima e do outro o fumicultor João Lúcio da Silva.
Cumprida sua missão em Arapiraca, retorna ao Palácio dos Martírios e retoma sua função de Assistente Militar do Governador, já era o ano de 1957, quando a situação política do Estado agravou-se sobremaneira, com um pedido de impeachement do Governador, que culminou num violento tiroteio na Assembleia Legislativa Estadual e, em função do cargo que exercia participou ativamente deste momento histórico da vida alagoana.
- Este texto é parte integrant

- e do livro Arapiraca Centenária - ontem e hoje, que já está disponível e será lançado em breve dias.