O ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira (25) no Aeroporto Zumbi dos Palmares, em Maceió, quando tentava embarcar para Brasília. De acordo com a Polícia Federal (PF), ele foi surpreendido com o cumprimento de um mandado de prisão e não ofereceu resistência à detenção.
A prisão ocorreu após uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a execução imediata da pena. A PF recebeu a ordem na noite de quinta-feira (24) e se antecipou para cumprir o mandado. A Polícia Federal aguarda agora uma orientação do STF sobre a transferência de Collor para Brasília ou a manutenção dele em Maceió. O ex-presidente permanece preso na Superintendência da PF, enquanto aguarda a decisão do Supremo.
A defesa do ex-presidente informou que ficou surpresa com a prisão no aeroporto de Maceió e que Collor viajaria a Brasília para se apresentar de forma espontânea.
Determinação da prisão
Ao determinar a prisão de Collor, Alexandre de Moraes rejeitou o segundo recurso da defesa do ex-presidente, que foi condenado — em maio de 2023 — a oito anos e dez meses de prisão por participação em esquema de corrupção na BR Distribuidora, atual Vibra.
Em 2023, a Corte havia condenado o ex-presidente por participação num esquema de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, que facilitava a celebração de contratos para a empresa.
A denúncia surgiu no âmbito da Operação Lava Jato, e foi relatada partir da delação premiada de Ricardo Pessoa, ex-presidente da UTC.
Além da pena de prisão, ele também foi condenado a:
- pagar 90 dias-multa;
- indenizar a União em R$ 20 milhões, solidariamente com outros dois réus;
- e fica proibido de exercer cargo público por prazo equivalente ao dobro da pena.
*Com CNN