Dois meninos pretos, de 12 anos, e uma colega branca foram almoçar no Shopping, antes de entrar na escola.

A escola fica bem pertinho do Shopping.

Quando estavam na praça de alimentação, um segurança se dirigiu a menina e perguntou se os dois garotos pretos estavam incomodando ou  pedindo comida.

Claro que as crianças ficaram estupefatas e os meninos pretos, em choque.

Movidos pelo sentimento de empatia, e de solidariedade , os coleguinhas da escola, dos meninos  fizeram uma mobilização robusta e ocuparam  o Shopping.

O mais importante e significativo do acontecido é que o ato contra a atitude racista foi proposto e realizado por jovens, acompanhados de pais e professores.

Por excelência  é a juventude, força motora, para desmantelar práticas  sociais, naturalizadas, que segregam, imobilizam e matam.

O racismo mata auto-estima, possibilidades, oportunidades, vidas.

Protagonistas da ação, centenas de estudantes  do colégio Equipe protestaram no  shopping Pátio Higienópolis, no centro de São Paulo,   contra uma abordagem racista sofrida por dois colegas no local.

É exemplo para a inércia do tanto faz, ou a indiferença discursiva nas escolas brasileiras, sobre educação antirracista.

Enquanto isso, em Alagoas continuamos a subir e descer, festivamente a Serra.

 ‘A resposta institucional é a mesma: pedido de desculpas vazias, sem qualquer mudança efetiva de conduta. Cada ato racista deixa marcas, são feridas abertas", dizia o manifesto lido, pela Escola Equipe, na porta do Shopping

É sobre isso!