Na LaFinteca, não observamos o mercado da arquibancada — ajudamos a moldá-lo. Todos os dias, integramos métodos de pagamento locais em toda a América Latina, resolvemos problemas e otimizamos processos. E vemos com frequência como ideias fintech “da moda” não passam no teste da realidade.

Já é 2025. A tecnologia financeira está evoluindo a uma velocidade recorde. Novos produtos, interfaces, demonstrações — o barulho é constante. E no meio de tanto ruído, é fácil esquecer do que o fintech realmente se trata.

Fintech é sobre pessoas.

Muitas vezes me perguntam: O que é mais importante no fintech hoje? Quais tecnologias realmente importam? Quais tendências devemos acompanhar?

Eu começaria com uma pergunta diferente — uma que raramente é feita, mas deveria ser: O que realmente importa para o usuário — não em uma apresentação, mas na vida real?

Ninguém na América Latina acorda pensando: "Quero uma infraestrutura de pagamento tokenizada, multicanal, com API de baixa latência."

As pessoas acordam querendo: pagar a internet, receber uma transferência, comprar uma passagem de ônibus, receber o salário. Elas querem isso rápido, fácil e de forma confiável.

Então... o que as pessoas realmente esperam de um serviço financeiro em 2025?

Aqui está o que aprendi construindo um todos os dias.

 

Comodidade acima da complexidade

 

Os usuários não querem uma “experiência revolucionária”. Eles querem:

 

* botões que funcionam

* não precisar enviar o documento de identidade 10 vezes

* métodos de pagamento que já conhecem

 

Na América Latina, isso significa Pix, SPEI, PSE ou pagamento em dinheiro. O resto é secundário. Não force sua arquitetura no usuário — adapte-se a ele.

 

Clareza

 

As pessoas estão cansadas de taxas escondidas, “atrasos no processamento” vagos e termos em letras miúdas.

Em 2025, um serviço financeiro precisa ser previsível. Se houver uma taxa, o usuário deve saber exatamente quanto, quando e por qual canal. Isso não é um recurso — é respeito básico.

 

Suporte que resolve, não que encena

 

IA, chatbots, avatares — tudo ótimo. Mas quando o dinheiro está preso ou a transferência falha, as pessoas não querem um show. Elas querem uma solução. Rápido. Sem drama.

 

É por isso que investimos em uma plataforma de suporte baseada em IA que:

 

* fala o idioma do usuário (espanhol, português)

* entende o que está sendo perguntado — não apenas casa com um modelo

* detecta e resolve problemas antes mesmo de virarem chamados

 

Acesso, mesmo sem banco

 

Uma grande parte da população latino-americana ainda está fora do sistema bancário. O fintech em 2025 precisa atender usuários sem histórico de crédito, sem cartão e sem conexão estável.

Alguns pagam via OXXO. Outros recebem em carteiras locais. Alguns verificam sua identidade com um número de celular.

Não complicamos isso — apoiamos.

 

Velocidade, sem perder o controle

 

Ninguém quer esperar dois dias por uma transferência “em processamento”. Mas também ninguém quer correr o risco de perder dinheiro.

A resposta não é “velocidade a qualquer custo”, e sim equilibrar velocidade com segurança. Por isso integramos sistemas como Pix e SPEI com prevenção de fraude e tokenização. Para que o usuário tenha os dois: rapidez e segurança.

 

O verdadeiro teste do fintech? A vida.

 

Quando milhões de pessoas na América Latina estão trabalhando, pagando, estudando, sobrevivendo — fintech não pode ser só uma interface. Precisa ser infraestrutura: prática, flexível e pronta para o agora.

Não algo que parece bonito no palco, mas algo que funciona às 22h45, quando alguém precisa comprar remédio para a mãe — e o pagamento precisa ser aprovado. Na hora.

Se sua plataforma não consegue lidar com isso, você não é fintech. É apenas um software com licença.

Na LaFinteca, não estamos perseguindo o que o futuro pode parecer daqui a 10 anos. Estamos focados no que as pessoas realmente precisam hoje. Fazer as coisas funcionarem — aqui e agora — é a nossa prioridade. 

— Dmytro Rukin, CEO da LaFinteca