O que aconteceu?
Em 2019, o ex-governador Renan Filho quis emplacar Olavo Calheiros, presidente da Assembleia.
Ele nunca escondeu que seu pai político foi o primeiro-tio, que chegou a abrir mão de sua candidatura a deputado federal para o sobrinho.
Eis que, sentindo-se “querido” pelos deputados estaduais, Renan Filho resolveu jogar pesado contra os que apoiavam Marcelo Victor, em sua primeira investida ao cargo.
O governador chegou a gastar a caneta em demissões de apadrinhados dos deputados que não apoiavam Olavo Calheiros, um personagem de convívio difícil na Casa de Tavares Bastos (ele só tinha laços estreitos com Luiz Dantas, pai de Paulo Dantas).
Resultado: quanto mais Filho apertava o torniquete, mais gás ele dava a Marcelo Victor.
A partir de então, a fraqueza do governador foi dando mais força ao deputado junto aos seus pares.
Ao fim e ao cabo daquele momento, Marcelo Victor já tinha se tornado MV I (e único) e chegou a fazer o sucessor de Renan Filho. Hoje caminha para o quinto (e sexto e sétimo… mandato de presidente da Assembleia.
É verdade, ele não deixou o hoje senador-ministro de mãos abanando: deu-lhe de presente uma cadeira de conselheira do Tribunal de (faz) de Contas para a esposa de Filho.
Mas está claro: desde então, quem manda no pedaço é mesmo MV I (e único).