A mãe da bebê Ana Beatriz pode não ter cometido o crime sozinha. Essa é uma das suspeitas levantadas pela Polícia Civil após o corpo da criança, de apenas 15 dias, ter sido encontrado dentro de um armário na casa da família, na última terça-feira (14), em Novo Lino.
Em entrevista à TV Gazeta, o delegado João Marcello afirmou que há convicção de que Maria Eduarda, mãe da bebê, agiu sozinha no momento da morte. No entanto, a participação de terceiros na ocultação do corpo ainda não está descartada.
“Ainda não descartamos a possibilidade de que alguém tenha auxiliado a ocultar o cadáver. Se isso for confirmado, a pessoa será responsabilizada por ocultação de cadáver. […] Estamos investigando se outras pessoas tinham conhecimento do que aconteceu”, declarou o delegado.
Após ser localizado, o corpo da bebê foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e ao Instituto de Criminalística (IC), onde está sendo periciado. Com o laudo, será possível determinar o tempo exato da morte e se o corpo chegou a ser enterrado antes de ser escondido no imóvel.
Segundo João Marcello, materiais coletados em locais suspeitos, onde o corpo poderia ter sido inicialmente colocado, também estão sendo analisados pelos peritos. Os detalhes sobre a dinâmica do crime devem ser esclarecidos após a conclusão dos exames periciais.
Ainda de acordo com o delegado, uma avaliação psicológica será realizada em Maria Eduarda para apurar se ela estava em estado mental alterado no momento do crime. “Estamos avaliando se a mãe estava em um estado psicológico alterado, o que pode impactar na sua culpabilidade. A avaliação psicológica é uma parte importante dessa investigação”, explicou.
Caso a participação de outras pessoas seja confirmada, elas poderão ser indiciadas por ocultação de cadáver, crime que prevê pena de 1 a 3 anos de reclusão, segundo o Código Penal.