(Atualizada 18h45)
Em coletiva à imprensa na noite desta terça-feira (15), a cúpula da Segurança Pública de Alagoas informou que Eduarda Silva de Oliveira, mãe da recém-nascida Ana Beatriz, cujo corpo foi encontrado no começo da tarde de hoje, confessou o assassinato da criança e levou os policiais até o local onde o cadáver estava escondido.
O delegado Igor Diego, responsável pelas investigações, contou que, inicialmente, Eduarda disse que estava amamentando a criança e que Ana Beatriz morreu após se engasgar. Ela teria tentado reanimar a filha, mas não conseguiu.
“Em outra versão, ela disse que a criança não dormia há duas noites e o barulho de um bar também estava lhe incomodando e, por não aguentar a situação, asfixiou a bebê com um travesseiro. No entanto devemos ter cautela, pois várias versões foram ditas. Só a Polícia Científica poderá, de fato, trazer a verdade”, afirmou.
Igor Diego falou que as investigações continuam para saber se alguém a ajudou no crime: “Trabalhamos com a essa hipótese de que alguém possa ter colocado o corpo dentro da casa para que fosse encontrado”.
Já o delegado João Marcelo, completou que, ao que tudo leva a crer, a polícia está diante dos crimes de ocultação de cadáver e infanticídio.
Antes da fala dos delegados, o advogado da família, José Wellington, também havia confirmado que, hoje pela manhã, a mãe confessou o crime: "Foi um desfecho trágico".
O tenente Ascânio, do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL), relatou que, ontem, durante as buscas, o local onde a criança foi encontrada hoje foi vasculhado e os bombeiros não encontraram nada. O militar deu a entender que o corpo pode realment ter sido depositado no armário somente após as buscas, feitas com o auxílio de cães farejadores.
O corpo da recém-nascida, desaparecida desde a última sexta-feira (11), foi encontrado dentro de um armário, em uma sacola, junto a produtos de limpeza, na área de serviço da residência da família, no município de Novo Lino, Zona da Mata de Alagoas.
O caso
Na sexta-feira, 11, Eduarda Silva de Oliveira denunciou que sua filha, Ana Beatriz Silva de Oliveira, de apenas 15 dias de vida foi sequestrada por três homens e uma mulher, que ocupavam um automóvel de cor preta, na rodovia BR-101, no povoado Eusébio, em Novo Lino, município da Zona da Mata de Alagoas.
A mãe da criança disse que conseguiu observar que entre os sequestradores estavam um homem, moreno, com uma tatuagem no peito, e uma mulher de cabelos loiros.
A Secretaria da Segurança Pública determinou a instalação de uma força-tarefa com todas as forças policiais para intensificar as buscas pela criança, localizar o veículo, identificar e prender os sequestradores.
As Polícias Civil (PC) e Militar (PM), junto com a e PRF, realizaram diligências para tentar encontrar os criminosos.
Um homem foi preso em Pernambuco suspeito de envolvimento no sequestro. O advogado dele afirmou, em entrevista exclusiva ao CadaMinuto, que seu cliente foi detido equivocadamente e já foi liberado pela Polícia Civil pois foi constatado que não tinha envolvimento no caso.
Arnon de Mello, advogado do suspeito, explicou que seu cliente estava cumprindo uma tarefa profissional, realizando a troca de placas de veículos de clientes em Pernambuco. Ele estava com três pares de placas e já havia efetuado duas trocas quando foi abordado pela polícia.
Ainda conforme o advogado, o homem trabalha como despachante veicular e estava em deslocamento pelas cidades de Palmares e Caruaru, utilizando seu próprio veículo para o serviço. As placas, no entanto, pertenciam a clientes.
O corpo da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira foi encontrado no começo da tarde da terça-feira (15), na residência da família dentro de um armário, em uma sacola, junto a produtos de limpeza, na área de serviço da casa.
