Nos últimos anos, assistimos a um verdadeiro boom na área de social media. Com a digitalização acelerada pela pandemia, empresas, políticos e até empreendedores correram atrás de presença online. O mercado explodiu — e, com ele, a demanda por profissionais capazes de criar conteúdo, entender algoritmos e engajar comunidades.
Vieram os cursos, as promessas fáceis de “seja social media em 30 dias” e a ilusão de que bastava saber fazer um carrossel bonito para ser estrategista digital. A bolha inflou. Muita gente entrou. Poucos ficaram.
Agora, passado o hype, o mercado vive o que podemos chamar de ressaca qualificada: tem vaga, tem demanda, mas faltam profissionais realmente bons. Aqueles que entregam, que pensam, que entendem de timing, narrativa e posicionamento. Os que sabem ler dados, traduzir propósito e manter coerência entre conteúdo e marca. Esses, hoje, estão empregados. Estão disputados. Estão com fila na porta.
Não é que não existam social medias. O mercado não está mais procurando quem sabe mexer no Canva. Está atrás de quem sabe o que, como, quando e por que postar. Quem entende que comunicação não é estética — é estratégia.
Se antes havia excesso de “freelas” e sobras de promessas vazias, hoje há escassez de entregadores de resultado. A régua subiu. E subiu porque o mercado amadureceu. Não basta estar online. É preciso fazer sentido.
A pergunta que fica é: depois do boom, quem ficou de pé? E mais: quem está se preparando para a próxima onda, onde criatividade, técnica e visão analítica não serão diferencial — serão o mínimo?
A era da espuma passou. Agora, só sobrevive quem tem conteúdo.