Ele é um entregador de mercadorias de lojas do comércio, em Maceió, e traz consigo um humor ácido.
Quando chega a porta da casa, pede a esta ativista que assine a nota de entrega.
Retruco que farei, após receber a mercadoria. Ele não gosta da resposta e diz, irritado:- Esse é meu trabalho, dona.
Se encaminha até o caminhão da loja estacionado à porta realiza a entrega da mercadoria , aproveito esse ínterim , pra aconselhar sobre a importância da entrega entrega do produto, antes da assinatura da cliente.
Ainda irritadiço, diz: - A senhora quem sabe. Se não quiser, volto com a mercadoria. afirma introspecto.
Para desarmar a intransigência do entregador e estabelecer um diálogo amigável, dentro do burburinho da angústia do cabra, digo-lhe : - Ôme, deixe de ser nervoso. Se acalme!
Ele responde:- Dona, a senhora não sabe como sou recriminado, nesta área (orla de Maceió), chamam minha atenção, como se eu estivesse, sempre, errado.
É muito ruim isso, dona!
Empaticamente, entendo do que fala , e saio da minha zona de conforto, ( negr@ tem zona de conforto?!), no acalmar o coração do homem, visivelmente, emocionalmente, desconfortável.
-As pessoas daqui, dona, acham que são melhores do que todo mundo.
E na voz , cheia de indignação do homem ouvi uma multidão hiperbólica, dos que sofrem, segregação , em uma sociedade racista e soterrada pela coisa do ter.
Poder.
Como você trata os entregadores , que batem a sua porta?