Pelo Brasil inteiro, o bolsonarismo arrasta o Poder Legislativo para o esgoto. Se o Congresso Nacional é palco de episódios degradantes, imagine o que não ocorre em Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas. Nas duas esferas, Alagoas dá sua contribuição no espetáculo de demagogia e delinquência política. Uma presepada na vereança de Maceió confirma esse padrão mequetrefe de nossos legisladores.
Uma das mazelas eleitorais decorrentes do bolsonarismo em Alagoas é Leonardo Dias. Não que o vereador da capital tenha alguma relevância. É mais um desses fanáticos que se ajoelham no altar da seita chefiada por Jair Messias. O problema é que, detentor de mandato eletivo, o potencial de destruição do indivíduo não é desprezível.
Na mesma linha de atuação estão o deputado estadual Cabo Bebeto, o também vereador Thiago Prado e o deputado federal Fábio Costa. Entre outros. Por que desperdiçar tempo com essas tranqueiras? É que não resisti ao vídeo de Leonardo Dias nervosinho durante sessão desta quarta-feira, 9 de abril. A presidência teve de interromper as atividades.
O vereador de extrema direita chegou a esbofetear sua mesa de trabalho no plenário. Tudo isso porque esse inútil quer votar uma moção de aplauso ao projeto de anistia para os bandidos do golpe de Estado. Sim, estamos falando do projeto que a ultradireita tenta aprovar no Congresso Nacional, a começar pela Câmara dos Deputados.
Com tempo livre para bajular Bolsonaro e bater continência para qualquer ideia em favor do vagabundo, Dias inventou a tal moção de apoio aos criminosos do 8 de janeiro de 2023. Não faz sentido, não tem lógica e nada acrescenta à vida do maceioense a idiota iniciativa do parlamentar. Mas é com esse tipo de pauta que a Câmara desperdiça tempo.
O lamaçal no Legislativo, reitero, é um padrão nacional. O país abandona os debates urgentes e necessários em nome de factoides e delírios de toda ordem. Para votar o PL da anistia, a oposição, como se vê, tenta obstruir qualquer tentativa de análise de outros temas. É assim: a rataria de elite apronta lá no alto, e os acólitos obedecem por aqui.