Faz 15 anos que as jornadas de junho de 2013, aconteceram, quando um turbilhão de pessoas, realizaram a maior manifestação do país.
Foi um levante histórico, que reuniu muitos jovens e gentes de diferentes segmentos e classes sociais.
E Rafael Braga, o catador de latinhas estava no caminho da mobilização e por uma série de fatores, dentre eles, o racismo internalizado nas forças da polícia e da justiça brasileira, foi o único preso e condenado das manifestações de 2013.
E se tornou um símbolo da opressão do poder para impedir que as manifestações continuassem.
Rafael Braga, atualmente com 37 anos, foi o único condenado nos protestos de 2013.
Pobre, preto, periférico, catador de recicláveis, foi acusado e condenado por portar uma garrafa de Pinho Sol.
Várias vezes, Rafael relatou que o produto era utilizado nos carros, que limpava, mas, apesar das muitas vozes negras e antirracistas, que se levantaram em defesa, foi condenado, inicialmente, a 11 anos, por porte ilegal de artefato incendiário.
Foram longos anos de violências físicas, psicológicas impactando a vida de um homem já, socialmente vulnerável.
Rafael conta que , ao ser detido, ficou em uma cela com mais de cem pessoas que tinham que dormir no chão e muitas vezes se alimentando de comida estragada.
Essa é uma história longa de racismo e outras violências.
Ministro Alexandre de Moraes imagina se fosse um preto catador de latinhas, no lugar da manicure branca?
Esse é um #tbt para que não esqueçamos de Rafael Braga!
Saiba mais: Presidente do Senado recebe carta pela liberdade de Rafael Braga.


