O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) tem colecionado resultados positivos e posição de destaque na cena da ciência e tecnologia alagoana e os dados oficiais demonstram o crescimento expressivo do Ifal em sua produção científica.
De acordo com o Diretório dos Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Instituto Federal de Alagoas realizou a ampliação da sua atuação nos últimos 10 anos.
Segundo o CNPq, em 2016, o Ifal possuía 46 grupos de pesquisa, os quais atuavam em 195 linhas de pesquisa e tinham a 402 pesquisadoras/es, sendo 146 delas/es doutoras/es, 36% do total de pesquisadoras/es. Em 2023, o cenário se amplia, passando a ter 76 grupos, 350 linhas de pesquisa e 692 pesquisadoras/es, dos quais 340 são doutoras/es, correspondendo a 49%.
Embora seja preciso considerar a natureza, a diversidade e o perfil das instituições de ensino que atuam no desenvolvimento técnico-científico do Estado, se comparado com outras instituições, o Ifal apresenta números relevantes em termos de atuação em pesquisa, conforme dados do CNPq de 2023:
- Ufal: 430 grupos de pesquisa, 1.881 linhas de pesquisa, 2.941;
- Uneal: 91 grupos de pesquisa, 272 linhas de pesquisa, 353 pesquisadores, 184 doutores;
- Ifal: 76 grupos de pesquisa, 350 linhas de pesquisa, 692 pesquisadores, 340 doutores;
- Uncisal: 34 grupos de pesquisa, 142 linhas de pesquisa, 193 pesquisadores, 112 doutores.
Para o reitor do Ifal, Carlos Guedes, a instituição vem fazendo história e construindo um futuro inovador para Alagoas. “Contamos com o trabalho e a dedicação das/dos servidoras/es e das/dos pesquisadoras/es que contam as suas histórias de ensino, pesquisa, extensão e inovação com ações práticas e de resultados”, destacou o gestor.
Atualmente, o Ifal é considerado o maior ecossistema de inovação do estado de Alagoas em termos geográficos, por sua atuação em 16 municípios, demonstrando uma maior capilaridade.
Fomento à pesquisa
A dedicação das/os pesquisadoras/es se reflete na captação de recursos junto aos órgão de fomento. Em Alagoas, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), notadamente a principal agência de fomento à pesquisa, destina recursos ao Ifal por meio de seus Editais vigentes.
Entre 2021 a 2024, o número de bolsas nos editais Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), com fomento da Fapeal e do CNPq, cresceu significativamente, passando de 39 para 104 bolsas. Esses resultados destacam o papel estratégico da parceria entre Ifal, Fapeal e CNPq para o fortalecimento da pesquisa, da inovação e da formação de jovens talentos em Alagoas, consolidando a instituição como protagonista no ambiente científico estadual.
O Ifal também é destaque na obtenção de bolsas do Programa Pibic Júnior. Em 2023, conquistou 47% dos recursos do edital, com 47 projetos e 470 bolsas. Em 2024, teve 110 projetos aprovados, sendo 30 classificados com 330 bolsas ativas, e os demais seguem em lista de espera. Os projetos abrangem diversas áreas e envolvem campi de todo o estado. A maioria das propostas aprovadas foi na trilha de Iniciação à Ciência e Tecnologia, fortalecendo a atuação do Instituto na iniciação científica de estudantes do ensino técnico integrado ao médio.
Espaços Inovadores, tecnologias e patentes
Além do fomento via Fapeal, o Ifal mantém uma articulação constante com os parlamentares alagoanos visando captar recursos para iniciativas que estimulem ainda mais o potencial científico e tecnológico da instituição.
Assim, nasceram os espaços inovadores. Por meio de emendas parlamentares e aprovação de projetos em editais foi possível a implantação dos laboratórios de inovação IFMaker, Colab e Espaço 4.0 que transformaram a realidade tecnológica da instituição.
De acordo com Eunice Palmeira, pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (PRPPI), até 2021, o Ifal não possuía laboratórios de inovação ou equipamentos inovadores em seus campi. “A mudança começou com a criação do primeiro Espaço 4.0, no Campus Palmeira dos Índios, e em seguida, expandiu-se para diversas unidades. Atualmente, a instituição possui ambientes de inovação em 14 campi em 13 municípios”. destacou
Os espaços de inovação e empreendedorismo, segundo do reitor Carlos Guedes, democratizaram o acesso a tecnologias como robótica, internet das coisas, drones e impressão 3D, fortalecendo a inclusão digital, a inovação social e a formação profissional em Alagoas, possibilitando que mais de 1.500 pessoas tenham sido qualificadas por meio dessas iniciativas institucionais até o presente momento em todas as mesorregiões de Alagoas. “Esses ambientes proporcionam a criação de vários protótipos passíveis de proteção e registros de depósitos de propriedade intelectual em andamento”, reforçou o reitor.
Entre 2018 e 2024, o Ifal registrou um crescimento expressivo em sua produção de propriedade intelectual, alcançando a marca de 122 ativos, sendo 81 registros de programas de computador, 30 depósitos de patentes e 11 registros de desenhos industriais. Esse avanço, articulado pela Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, reflete o fortalecimento das políticas institucionais de pesquisa e inovação, bem como o empenho de servidoras, servidores e estudantes em transformar conhecimento em soluções concretas para a sociedade.
Compromisso com o desenvolvimento
O Ifal está inserido no avanço científico de Alagoas e vem contribuindo de forma decisiva para impulsionar esse processo, especialmente em áreas e regiões historicamente excluídas das políticas públicas de ciência, tecnologia e inovação.
“Temos um compromisso com a sociedade, com a educação pública de qualidade, com a inclusão social, com a diversidade, e com o desenvolvimento científico e tecnológico em todas as regiões do Estado, por meio de iniciativas concretas, e de reconhecido impacto social para transformar vidas”, reafirmou o reitor Carlos Guedes.