O Ministério Público de Alagoas (MPAL) informou, nesta terça-feira (8), que está acompanhando o caso de Marcela Valentina, mulher trans de 20 anos, que foi encontrada morta, enrolada em uma lona, no bairro da Jatiúca, em Maceió.

De acordo com o órgão, o promotor de Justiça Lucas Sachsida está responsável pelo acompanhamento do caso. Ele atua na 60ª Promotoria de Justiça da capital, que tem atribuição para atuar no enfrentamento aos crimes contra populações vulneráveis.

O promotor já está em contato com o delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) responsável pela investigação, e foi informado de que a polícia já possui uma linha de apuração sobre o crime.

 

O caso

Marcela Valentina foi encontrada morta em estado de abandono na última sexta-feira (4). O corpo estava enrolado em uma lona e foi deixado na calçada de uma escola estadual localizada na Rua Abdon Assis Inojosa Andrade, no bairro da Jatiúca.

De acordo com a Polícia Científica, após perícia, foi constatado que Marcela morreu em decorrência de traumatismo cranioencefálico (TCE). O corpo apresentava sinais de espancamento por objeto contundente.

Entre os pertences encontrados junto ao corpo, havia uma nota fiscal indicando que ela havia almoçado em um restaurante dentro de um shopping dois dias antes do crime. A bolsa, com o celular e outros objetos pessoais, estava ao lado do corpo. O telefone, mesmo quebrado, foi recolhido para perícia.

Uma testemunha relatou que, na noite anterior ao assassinato, Marcela foi vista acompanhada de um rapaz no mesmo local onde seu corpo foi encontrado.

Natural de Tocantins, Marcela trabalhava como maquiadora em Caruaru. A liberação do corpo para sepultamento foi autorizada pela mãe dela.