O ex-prefeito de Maribondo, Leopoldo César Amorim Pedrosa, teve a prisão preventiva revogada pela Justiça. decisão, proferida nesta terça-feira (8), pelo juiz Pedro Campanholo Marques, da Vara do Único Ofício do município. 

Leopoldo é réu em seis processos, mas a decisão judicial revogou a prisão preventiva sobre o crime de porte ilegal de arma de fogo. Com a decisão, ele irá pra prisão domiciliar, usará tornozeleira eletrônica e terá que cumprir medidas cautelares.

De acordo com o juiz de Direito da comarca de Maribondo "o réu se encontra preso preventivamente há mais de dois anos. Diante de tal situação e de outros fatores processuais, revela-se desproporcional a manutenção da segregação cautelar pelos fatos apurados”.

O ex-prefeito de Maribondo deverá cumprir uma série de medidas cautelares como se apresentar uma vez por mês em juízo para justificar suas atividades; está proibido de deixar a comarca sem autorização judicial; está proibido de sair do país,  e o passaporte ficara retido; além de monitoramento eletrônico com “raio zero”.  A decisão judicial alerta ainda que o descumprimento das medidas cautelares pode acarretar nova decretação de prisão preventiva.

Condenações e processos em andamento

Leopoldo Pedrosa tem um histórico problemático com a Justiça. Além do crime de porte ilegal de armas, o ex-prefeito de Maribondo também já responde judicialmente pelos crimes de violência doméstica, cometido em 2017, no qual foi preso sob a acusação de agredir sua ex-esposa e ex-sogra, sendo enquadrado pela Lei Maria da Penha; por tráfico de drogas,  após ser encontrado com quase 1 kg de cocaína em sua fazenda, durante cumprimento de mandado de prisão por homicídio, em dezembro de 2019.

Pedrosa também aguarda o julgamento pelo crime de homicídio, marcado para o dia 20 de Maio deste ano. Leopoldo  é acusado de ser o mandante do assassinato do corretor de imóveis, Gerson Gomes, após um desentendimento envolvendo uma negociação imobiliária. A vítima teria intermediado a venda de um imóvel no valor de R$ 800 mil, cobrando uma comissão de R$ 40 mil, mas não recebeu o pagamento. Diante das cobranças constantes, Leopoldo teria encomendado sua morte.

O ex-prefeito de Maribondo também possui registros de prisões anteriores por dirigir embriagado e portar documentos falsos. Ele teve novamente a sua prisão decretada após descumprimento de medidas judiciais, em fevereiro de 2024, logo após violar as condições do regime semiaberto durante o Carnaval, em Maribondo.