A verdade é que as especulações sobre candidaturas nas próximas eleições estaduais vão atravessar o ano inteiro. Até meados de 2026, nada estará resolvido de forma definitiva. Nas páginas da imprensa, uma seleção de nomes aparece como os virtuais candidatos ao governo e ao Senado. Se você acha que a cobertura já é exagerada, saiba que vai piorar. Ou melhorar, a depender do ponto de vista e do jornalismo.
Na agitação permanente, vão surgindo hipóteses que chamam atenção pelo inusitado, mas também pela novidade até então nunca cogitada. É o caso de o senador Renan Calheiros citado como pré-candidato a governador. Não se falava sobre isso em lugar nenhum, até o jornalista Voney Malta, aqui no CM, revelar tal maquinação de bastidores. Seria de fato um novo arranjo para as alianças entre os grandes.
Se o pai estaria cogitando a eleição para o governo, o nome de Renan Filho segue como aposta maior nesse grupo político que inclui o governador Paulo Dantas. Senador licenciado, o ministro dos Transportes é apontado como favorito em todas as pesquisas. Nome forte do MDB, Renan Filho segue como alternativa ao posto de vice na chapa com Lula para a reeleição. Definição a ser esticada até os limites do calendário eleitoral.
Em outro bloco de poder temos Arthur Lira, ex-presidente da Câmara dos Deputados, em busca de uma cadeira no Senado. Lira acaba de assumir a relatoria do projeto de ampliação da faixa de isenção do IR. É de interesse crucial para o governo Lula. E o presidente vive trocando figurinhas com o parlamentar alagoano sobre alianças. É o que dizem. Daí que se especula uma parceria entre o petista e o diplomático Arthur Lira.
João Henrique Caldas, o prefeito de Maceió, largou a gestão com o vice Rodrigo Cunha, e partiu em campanha. JHC não faz mais nada a não ser trabalhar por sua candidatura a governador. Vive em Brasília, ainda à espera da nomeação de sua tia Marluce Caldas para uma cadeira de ministra do STJ. Aqui, Lula também está metido nas eleições alagoanas. De novo, é o que está em reportagens e colunas na velha imprensa.
O deputado federal Alfredo Mendonça e o ex-deputado Davi Davino Filho correm por fora, mas não como azarões. Cada qual na sua, ambos têm voto para tumultuar a disputa majoritária, para governo e Senado. Estão em campo, abrindo caminhos e diálogos.
Ainda que tudo isso mude bastante no correr dos meses, aí estão os principais nomes condenados ao protagonismo em 2026. Com as ressalvas necessárias, há pouca margem para alguma surpresa na lista de pré-candidatos. Lá adiante, veremos.