Foi uma conversa tranquila com o prefeito Carlos Gonçalves, de Rio Largo, que tem passado por muitas pressões e grande sufoco nos últimos dias. Ele, muito claramente, se mostrou disposto a pacificar os ânimos no seu tumultuado município, marcado por escândalos políticos.

CG não quis fazer qualquer comentário sobre o ex-prefeito Gilberto Gonçalves, seu padrinho político e com quem rompeu recentemente.

“Eu tenho muita gratidão por ele, até porque cheguei à prefeitura de Rio Largo graças a sua ajuda. Reconheço o grande trabalho que ele fez no município e sou uma pessoa grata, que cumpre os compromissos assumidos”.

Disse mais:

- A minha preocupação maior é com o município de Rio Largo, que precisa crescer.

E a carta?

“Ela é ideologicamente falsa, porque eu não assinei nenhuma carta desde janeiro. Ela não expressa a minha vontade, que é de fazer uma boa administração em Rio Largo”.

E a assinatura, ela é falsa?

- Pelo que pude ver, a assinatura bate com a minha anterior, mas não com a assinatura de agora.

Insisto: - O senhor assinou antes da eleição?

- Não posso dar mais detalhes sobre isso, mas garanto que não assinei nada desde que assumi a prefeitura.

Não nega, portanto, que tenha assinado a carta antes da eleição, mas contou que quinze dias antes de ela ser lida na Câmara de Vereadores de Rio Largo procurou o Ministério Público Estadual e outras instituições para avisar que isso poderia acontecer, mas que não era essa a sua intenção – renunciar.

E quanto à gravação, cuja existência se comenta nos bastidores com muita intensidade e que poderia ser uma prova decisiva contra os seus adversários?

- Ela não existe da minha parte. Eu estive na casa do presidente da Câmara de Vereadores um dia antes da leitura da carta, mas não fiz nenhuma gravação. Se ela existe, a outra parte é quem fez.

(Fiz a mesma pergunta duas vezes, e sua resposta foi igual nas duas ocasiões.)