Li uma frase da Gisele Meter, da página @estrategiaparlamentar, que diz:
“O assessor político não aparece nos holofotes, mas é quem acende as luzes do espetáculo.”
E é exatamente isso.
Num tempo em que muitos confundem bastidor com palco, é preciso lembrar: vaidade não combina com estratégia. O bom assessor não compete com o político. Não quer ser estrela. Quer fazer brilhar. Porque sabe que sua função não é o aplauso — é o resultado.
Saber o lugar não é se diminuir, é ter clareza. É entender que grandeza também mora no silêncio de quem organiza, no olhar de quem prevê, no texto que ninguém assina, no gesto que ninguém vê. A vaidade quer curtidas; a inteligência política quer conquistas. Quem se preocupa em aparecer mais do que o político que assessora, não entendeu o jogo. E pior: vira obstáculo, não apoio.
Ser assessor é ser espelho — reflete, não se impõe. É saber que, quando o show começa, o público aplaude o ator, mas só teve espetáculo porque alguém ligou as luzes, abriu a cortina, afinou o som.
Quem sabe disso, não precisa de palco. Porque entende que o verdadeiro poder não está em aparecer — está em fazer acontecer.