Desocupados da política alagoana foram bajular o vagabundo Jair Bolsonaro em mais um ato golpista em São Paulo. É a turma que espera ganhar no grito. A estratégia única é pressionar as instituições, especialmente o STF, para salvar o ex-presidente da prisão. Réu pela trama golpista que previa até os assassinatos de Lula e Alckmin, Jair não tem escapatória. As provas contra o capitão da tortura engarrafam todas as vias do processo.
Os vadios da política alagoana que viajaram a SP às custas do dinheiro público formam o baixo clero do golpismo. Foram balançar o rabinho para Bolsonaro e lamber as botas do delinquente que tentou se manter no cago por meio de um golpe de Estado. É um esforço comovente, mas sem nenhuma chance de êxito. Enquanto os golpistas esperneiam, a Justiça cumpre sua obrigação. Tudo como deve ser, segundo a letra da lei.
O ato na Paulista neste domingo 6 de abril foi mais um fracasso na conta dos viúvos e saudosistas da ditadura militar. Há um ano, o comício dos golpistas no mesmo local reuniu 180 mil pessoas. O de agora não chegou a 50 mil crentes. Os números são da USP, a fonte mais segura sobre cálculos de público em eventos. O episódio revela que as multidões não estão nem aí para os apelos do “mito” em decadência.
Três semanas atrás, o fiasco no Rio de Janeiro foi ainda maior. Bolsonaro se empenhou ostensivamente na convocação de seus devotos. Garantia ele que a praia de Copacabana seria invadida por 1 milhão de manifestantes. A realidade não passou de 30 mil – nas melhores projeções. Como a intimidação é a úncia via de defesa para o Jair, a coisa se complica. O julgamento do golpista não tem volta. Até o fim deste ano, tem cadeia.
No palanque de SP estavam sete governadores – a patota da direita extrema que sonha com os votos de Bolsonaro. Todos fingem que estão com o líder até o fim, mas a verdade é precisamente o oposto. Há um amontoado de candidaturas desse campo, e todos os aspirantes precisam se livrar de Bolsonaro, o morto-vivo da política brasileira.
Bolsonaro parece esquecer que não está mais sob a blindagem do cargo de presidente. Nessa condição, ele se dava o direito de ameaçar membros do Judiciário, sem preocupação com as consequências. Nas manifestações de agora, ele desfere ataques e, logo depois, tenta envernizar as baixarias. Um covardão à espera da sentença.