João Henrique , esta ativista Arísia Barros, conheceu o aluno  Fledson Natone Ambrozio Soares, um menino negro de 13 anos, quando o Instituto Raízes de Áfricas, da qual é coordenadora realizou  ações constantes de voluntariado sobre  politicas antirracistas,  em escola do município de Maceió.

Fledson tem um poder diferenciado de promover críticas sociais. , com suas  argumentações acuradas e importantíssimas.

Quando ouvi a fala desse garoto, pobre, preto e periférico, senti o potencial, tipo gente-da-gente, prata-da-casa-preta,  e exclamei: Uau!

Esta ativista e o Defensor Público Estadual, Issac Souto, entendemos que Fledson é diferenciado e resolvemos investir na potencialidade do adolescente ,contudo, a família decidiu ir  embora de Alagoas e o menino foi junto.

Ô, dor!

Ainda bem, que existe as redes sociais e o blog raizesdaafrica, hoje Fledson mandou mensagem : Fiz esse texto só para a senhora.

Tão bonitinho!

O nome do menino é Fledson Natone Ambrozio Soares, e esta ativista tem um orgulho imenso desse jovem aprendiz, que escreve:

“Melhorar a educação em Maceió vai muito além de construir escolas novas — é sobre cuidar de quem está dentro delas. Muitos alunos e professores enfrentam desafios todos os dias: salas quentes, falta de material, estrutura precária e pouco apoio. É urgente olhar com mais carinho para esses espaços. Uma escola bem cuidada, com banheiros limpos, biblioteca com livros atualizados, internet funcionando e um lugar confortável para estudar, faz toda a diferença. É assim que a gente mostra que se importa.

Os professores também precisam ser lembrados. Eles carregam nas costas boa parte do futuro dos alunos e, muitas vezes, fazem muito com quase nada. Investir na formação deles, garantir melhores salários e valorizar o trabalho que realizam é fundamental. Sem professor motivado, não tem educação que avance.

E os alunos? Muitos deles precisam de reforço escolar, de acompanhamento psicológico, de alguém que os escute. Nem todo mundo aprende no mesmo ritmo, e está tudo bem. O que não pode é deixar esses jovens para trás. Educação de verdade acolhe, apoia e incentiva.

A SEMED também tem um papel muito importante nisso tudo. Ela precisa sair do escritório e entrar nas escolas, ouvir quem está lá todos os dias. Quando a gestão é feita de perto, com escuta e empatia, tudo começa a mudar. Também é importante que as decisões sejam transparentes, que a comunidade saiba para onde está indo o dinheiro e quais são as prioridades.

Buscar parcerias com universidades, ONGs e outras instituições pode abrir portas para projetos lindos, que somam forças e transformam realidades. E claro, cuidar dos servidores da SEMED também é essencial — ninguém consegue trabalhar bem quando está sobrecarregado ou desmotivado.

A educação de Maceió tem muito potencial, tem gente talentosa e dedicada. Com mais investimento, diálogo e humanidade, dá para construir uma rede de ensino que acolha, ensine e inspire.'- conclui Fledson.

É isso, João Henrique!