Foi sobre a parentalha dos poderosos nos tribunais de (faz de) contas, espalhados pelos estados brasileiros.

 Tradução mais explícita do patrimonialismo, esse “câncer” da política brasileira, na ótima definição do historiador José Murilo de Carvalho, morto em 2023.

O que diz a matéria? 

Que 32% dos conselheiros de todos os tribunais de contas do Brasil têm políticos como parentes”. 

Seguindo até o encaixe perfeito para Filho: 

“19 governadores ou ex-ocupantes do cargo têm parentes em tribunais de contas. Pelo menos seis ministros de Lula têm esposas e irmãos nessas cortes”.

A resposta do ministro Renan Filho ao UOL lembra o tom que ele usou, em 2022, para tornar público que o então governador-tampão Paulo Dantas estava com diarreia.

Agora, o mal era outro, mas o humor era o mesmo. 

A justificativa de Filho ao portal (prepare-se para rir): 

- (Renata Calheiros) foi uma indicação da Assembleia Legislativa de Alagoas. 

Está escrito, é só conferir no UOL.

E ainda emendou:

"Possui formação, currículo e experiência em gestão compatíveis para o cargo."

Lembrando que a nomeação da ex-primeira-dama para o palácio de vidro da Fernandes Lima, um monumento ao desperdício do dinheiro público, se deu em uma troca de gentilezas entre ele e MV I (e único).

Assim: Filho ficou com a vaga no TC (em “escolha” da Assembleia !!!!) e MV I (e único) escolheu o governador-tampão.

Todos (eles) ganharam.