O Ministério Público de Alagoas (MPAL) recebeu, nesta sexta-feira (28), uma denúncia sobre um suposto crime ambiental, no Porto de Maceió, atribuído à empresa Intermarítima. De acordo com o denunciante, a empresa estaria realizando movimentação de coque de petróleo de forma irregular.
O coque de petróleo, um subproduto sólido do refinamento de petróleo, apresenta riscos significativos devido à sua poeira tóxica e por ser inflamável, pode entrar em combustão espontânea se armazenado inadequadamente.
A denúncia foi apresentada por um trabalhador do Porto, que preferiu não se identificar. No documento, ele relata que a Intermarítima movimenta cerca de 18 mil toneladas de coque de petróleo no pátio do Porto de Maceió, armazenando o material a céu aberto sem as devidas medidas de segurança. Segundo o relato, essa negligência aumenta o risco de contaminação do ar, das águas pluviais e do mar, principalmente durante chuvas. O texto alerta ainda sobre o risco de combustão espontânea.
Outro trecho da denúncia, ao qual o portal CadaMinuto teve acesso, destaca a ausência de barreiras físicas para conter o material em caso de chuva, possibilitando o escoamento para o mar.
A redação recebeu um vídeo que mostra a quantidade de coque de petróleo armazenada e as condições de manuseio.
Veja o vídeo.