Atualizada às 09h56

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Alagoas (FICCO/AL) cumpre mandados judiciais nesta sexta-feira (28), em apoio à operação da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A PCDF deflagrou uma operação de combate ao tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro, cumprindo 19 mandados de prisão temporária e 80 de busca e apreensão em vários estados, sendo dois cumpridos em Alagoas.

A operação, denominada CHIUSURA, visa desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico interestadual de drogas e na lavagem de dinheiro. Segundo a PCDF, as investigações revelaram uma estrutura criminosa altamente sofisticada e organizada, com núcleos que operavam coordenadamente no Distrito Federal e em diversos estados, incluindo Goiás, Rondônia, Mato Grosso do Sul e regiões do Nordeste.

A rede criminosa adquiria drogas em áreas fronteiriças, garantindo o transporte seguro dos entorpecentes e distribuindo-os no DF e em outros estados, além de realizar complexas operações de lavagem financeira. Em apenas três meses, a organização movimentou cerca de R$ 300 milhões por meio de contas bancárias, ostentando um estilo de vida luxuoso com imóveis de alto padrão e veículos de luxo, adquiridos com o dinheiro obtido de forma ilícita.

Os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos em diversas cidades, incluindo Maceió, onde os suspeitos foram localizados e estão sendo investigados por suas ligações com a rede criminosa. A investigação, que durou aproximadamente um ano e meio, revelou que o grupo estava dividido em núcleos que atuavam em diferentes regiões.

Foi apurado que traficantes oriundos de Goiás, atualmente radicados em Maceió, mantinham uma associação criminosa com um traficante internacional, natural de Campo Grande/MS, identificado como líder local de uma facção criminosa paulista. Este indivíduo encontra-se preso na Bolívia desde 2023, após ser capturado com granadas de uso restrito e uma aeronave carregada com cocaína.

Os envolvidos, caso condenados, poderão cumprir até 30 anos de prisão pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

A operação é coordenada pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) e pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da PCDF, com apoio das polícias civis dos estados envolvidos e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). 

Em Alagoas, contou com a ajuda da FICCO/AL que é uma força-tarefa criada por meio de Acordo de Cooperação Técnica, firmado em 2023, composta pela Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Polícia Penal, com o objetivo de atuar de forma integrada no combate ao crime organizado e violento no Estado de Alagoas.