Paulo Excelência, governador do estado de Alagoas anunciou o desmembramento de pastas e a criação da Secretaria Estadual de Direitos Humanos.
A notícia seria supimpa, se o gesto tivesse o intuito de valorização das políticas sensíveis, à população, entretanto é mais uma negociata, entre os poderes.
Alias, povo e poder, não dão rima, de maneira alguma.
Só na hora do voto.
Mas, todavia, porém, contudo, como nesta disputa de ’quem pode mais’, está embutida a sobrevivência de uma população vulnerabilizada, ( muitas e muitas vezes desletrada, politicamente), que, como consolo para coletividade, ao menos o novo ou nova, proprietária do cargo e equipe tenham expertise para dar suporte técnico, logístico e orçamentário as políticas públicas como verdadeiros instrumentos de mudança.
Tomemos por exemplo a questão racial.
Faz bem umas duas décadas , com a gestão atual, que o estado de Alagoas faz cara de pastel, um colossal ‘nem-te-ligo’ para a urgente necessidade de criação do Plano Estadual de Promoção das Políticas para Igualdade Racial.
E a terra negra e festiva ( desce e sobe a Serra) , de Aqualtune, que abriga o Quilombo dos Palmares, é um dos poucos estados do Brasil todinho, acéfalo do Plano Estadual de Promoção das Políticas para Igualdade Racial.
E a apatia da sociedade civil e poderes, (alô MPAL, Defensoria Estadual), continua plantando ocos na história que se conta.
O Estado político das Alagoas precisa entender que a criação do Plano é um instrumento fundamental, legítimo e essencial para fortalecer , institucionalmente, o combate ao racismo e que as políticas antirracistas (re)existam.
Com a criação (?) da Secretaria Estadual de Direitos Humanos e a mudança de comando, quem sabe, agora, o Plano Estadual de Promoção das Políticas para Igualdade Racial, em Alagoas, sai da toca?
Quem sabe?