Na última terça-feira (18), o governo Lula enviou ao Congresso o projeto de lei que isenta o pagamento de imposto de renda para aqueles que ganham até 5 mil reais e oferece descontos para rendas entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.
Quanto menos impostos, melhor para o povo, claro. Para compensar esse valor que o governo deixará de arrecadar, a proposta é aumentar o imposto pago por aqueles que ganham acima de 50 mil reais por mês.
Esses são os fatos. Agora veremos o que está por trás deles, politicamente. Lula é o presidente das políticas populistas. Ele não se importa com as consequências; o que ele quer é agradar as massas para conseguir votos na próxima eleição.
Como é especialidade da esquerda mundial, ela tem a capacidade de subverter a verdade. Algo que é bom, eles conseguem usar com uma intenção ruim. É o caso da isenção no imposto de renda.
Em dezembro de 2023, em encontro com apoiadores, Lula reclamou que, quando o trabalhador começa a ganhar um pouco mais, ele deixa de votar no PT. Lembram disso?
"Você pega as pesquisas de opinião pública, e a gente está percebendo que quem vota majoritariamente no PT são pessoas que ganham até dois salários mínimos. O metalúrgico de São Bernardo que ganha R$ 8 mil já não quer mais votar na gente", disse Lula.
Neste ano, depois de diversas pesquisas mostrando a insatisfação do povo brasileiro com o governo, Lula quer conquistar a classe média. Justamente aquelas pessoas que não dependem do governo, não têm Bolsa Família, não dependem do SUS e que lutam e batalham muito para ganhar seus 5 mil reais mensais. É muita gente. Não são pobres, mas também não são ricos. Lula sabe que precisa dessas pessoas para ser reeleito.
Mas o que Lula nem seus conselheiros entenderam é que a classe média já sabe que pode viver sem ajuda do governo. A classe média, que é batalhadora e é a massa intelectual do Brasil, vai usufruir de todos os benefícios que o governo der, mas, em 2026, vai votar em Bolsonaro ou em quem ele indicar.
Fanatismo? De jeito nenhum. O conjunto das políticas petistas não agrada à classe média, ainda que ela seja beneficiada por uma ou outra ação governamental, como a isenção do imposto de renda. Essa camada da população jamais terá o rabo preso justamente porque não precisa do dinheiro do Estado.
