Tem gente que acredita nisso.
E não só com ele: nossos parlamentares, em qualquer nível, se apresentam como filantropos.
Só que a caridade, neste e em todos os casos, é feita com o dinheiro alheio.
De quem?
O seu, o meu – e não o dele (pelo menos na totalidade).
Lembrando: Lira entregou uma van a uma entidade assistencial da parte alta de Maceió, paga pelo erário.
Mas a propaganda da bonomia lirista – e calheirista, e dantiana, e victoriana e que tais – é a alma do negócio (deles).
No Brasil, e não só em Alagoas, os parlamentares se apresentam como “carros-fortes”, levando dinheiro de um lado para o outro, espalhando o bem, mas olhando a quem.
O troco dessa moeda é e sempre será o voto.
Ora direis: mas pelo menos o veículo está garantido para o trabalho assistencial.
Direi mais ainda: que bom!
Afinal, esta parte da destinação do dinheiro é pública - em meio ao orçamento secreto, “imorrível” em tempos de cegueira coletiva.