O golpista Jair Bolsonaro anunciou que mais de 1 milhão de pessoas estariam à beira da praia no Rio de Janeiro. Segundo reportagem do UOL, a fantasia do capitão da tortura era apenas isso mesmo – matemática fantasiosa. Dados do Monitor do Debate Público do Meio Digital, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) repõem a verdade dos fatos: 18,3 mil almas penadas foram dar audiência ao criminoso. Caso sério.

A avaliação recorrente nas páginas da imprensa é de que Bolsonaro se deu mal. Ele contava com a “pressão das ruas” para uma suposta reviravolta jurídica sobre sua situação de inelegível. A outra meta, claro, seria pressionar os ministros do STF que vão julgar a delinquência golpista do ex-presidente que se meteu até em rapinagem de joias presenteadas ao Brasil. Deu tudo errado. Domingão ingrato para o Jair.

Olha o naipe dos apoiadores de Bolsonaro na vadiagem em Copacabana: Zé Trovão, Carlos Jordy, sargento Fahur, Silas Malafaia e assemelhados. Acanalhados no vale-tudo eleitoreiro, os governadores de São Paulo, do Rio e de Santa Catarina subiram ao palanque para distribuir mentiras e ilusões aos seguidores da seita. Tarcísio de Freitas, o matador paulista, finge apoio irrestrito, de olho na candidatura do inelegível. 

No alto de sua página na internet, O Estadão dá destaque para a opinião de seus colunistas sobre o comício do Rio. O que se viu foi um “ato esvaziado” e um “funeral político” do marido da Michele. Vejam que o jornalão paulista pode ser acusado de qualquer coisa, menos de petista. Na Folha, Igor Gielow também recorre à classificação de “ato esvaziado” para dimensionar o evento. Perdeu, Mané, diria Roberto Barroso.

Em Maceió. Basta citar as “lideranças políticas” presentes no Corredor Vera Arruda” para se ter ideia da relevância do ato em defesa de Bolsonaro. Vereador Leonardo Dias, vereador Thiago Prado, deputado estadual Cabo Bebeto e deputado federal Fabio Costa estavam na presepada que teve como palco a praia da Jatiúca. Reproduzindo o fiasco nacional, a marmota na capital alagoana serviu para perturbados pegarem um bronze.