O sol forte da manhã de domingo não impediu que centenas de pessoas se reunissem na orla de Jatiúca, em Maceió, para um ato em defesa da anistia dos presos pelos atos de 8 de janeiro. Entre bandeiras do Brasil, faixas e palavras de ordem, Fabio Costa foi um dos parlamentares presentes. O deputado federal e delegado de polícia subiu ao trio elétrico ao lado do vereador Leonardo Dias para reafirmar o que vem repetindo há meses: “Isso não é justiça, é perseguição”.
A multidão aplaudiu e gritou quando Costa mencionou alguns dos casos que se tornaram símbolo da manifestação. Entre eles, o da pastora Sandra Chaves, condenada a 13 anos de prisão por orar na área externa do Congresso, e o da professora aposentada Iraci Nagoshi, de 71 anos, sentenciada a 14 anos, sem perspectiva de ver o filho, que luta contra um câncer, em liberdade.
“Eu fui delegado de polícia, conheço o Código Penal e já prendi criminosos de verdade. O que fizeram com essas pessoas é uma injustiça escandalosa. São cidadãos comuns, gente como a gente, que estão sendo usadas como exemplo para intimidar o povo brasileiro”, discursou Costa.
O ato, intitulado “Anistia Já”, não ficou restrito a Maceió. Manifestações semelhantes ocorreram em várias capitais do país, impulsionadas pelo apelo da direita e pela insatisfação com o tratamento dado aos presos do 8 de janeiro.