O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) realizou, nesta terça-feira (11), uma assembleia com os trabalhadores da rede de educação municipal de Maceió, onde foi decidida, por unanimidade, a rejeição à proposta de reajuste salarial apresentada pela Prefeitura.

A proposta da gestão municipal oferecia um reajuste de 4%, sendo 2% em abril e 2% em outubro de 2025, o que gerou revolta entre a classe. A categoria reivindica 13,6% de reajuste, mas a Prefeitura sugeriu um percentual de apenas 5% a ser implantado em 2026.

O presidente do Sinteal, Izael Ribeiro, reforçou que a luta não se resume à pauta salarial, mas também à necessidade de mudanças estruturais e à valorização dos trabalhadores. “Está mantida a nossa proposta de 13,6%. A Prefeitura precisa valorizar os profissionais da educação em Maceió com salários justos e melhores condições de trabalho. E não é apenas sobre ganho financeiro, mas uma luta por uma educação de qualidade na capital alagoana", afirmou.

Além disso, a categoria aprovou uma agenda de lutas, que teve início logo após a assembleia com uma manifestação no Centro de Convenções, onde estava acontecendo a jornada pedagógica da rede.

Os manifestantes levantaram bandeiras, faixas e cartazes com mensagens como “Receber abaixo do piso não é massa”, “JHC, queremos mais creches e mais escolas” e “Educação básica é responsabilidade do município”. O protesto contou com a adesão de diversos profissionais presentes, que cantaram e colocaram adesivos para demonstrar sua indignação com a gestão e suas políticas educacionais.

O grupo ainda entrou no Teatro Gustavo Leite, realizando um protesto silencioso, contornando o espaço com cartazes. O ato gerou grande adesão por parte do público, que aplaudiu e entoou cantos e gritos de mobilização, reforçando o descontentamento com a administração da educação em Maceió.

A campanha, iniciada em dezembro com tratativas entre o Sinteal e a Prefeitura sem avanços, já incluiu protestos na sede da Prefeitura, amplamente divulgados pela mídia local, e denúncias constantes sobre as condições das escolas, tanto nas páginas informativas do sindicato quanto no Ministério Público Estadual.

A agenda da campanha “JHC, a educação exige respeito” segue com mobilizações em mídias sociais, publicações e protestos. Izael Ribeiro detalhou as próximas ações: “Vamos fazer ações nas mídias sociais, publicar stories e status, marcar o prefeito cobrando respostas, e comentar nas publicações dele. Nossas matérias da TV Sinteal devem ser compartilhadas amplamente pela categoria. Também teremos reuniões nas escolas para dialogar com a comunidade e fortalecer a luta.”

O plano de lutas também inclui ações de carros e motos de som nos bairros, com o próximo protesto programado para a Orla de Maceió no dia 22 de março, culminando com uma paralisação de toda a rede de ensino no dia 1º de abril. No mesmo dia, ocorrerá um ato público no Benedito Bentes, seguido de uma nova assembleia para avaliação das ações e definição dos próximos passos.

Em alusão ao Dia Internacional da Mulher, Consuelo Correia leu um poema ressaltando a importância de que o Dia da Mulher seja todos os dias e que a luta pela igualdade deve ser constante.

 

*Com Assessoria