Matéria atualizada às 20h30
A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL), por meio do Núcleo de Proteção Coletiva, divulgou nesta terça-feira (11) uma Nota Técnica do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que revela movimentações do solo em áreas além da Av. Fernandes Lima. O documento, produzido em abril de 2022, só chegou ao conhecimento da Defensoria neste mês de março.
A nota aponta indícios de subsidência nos bairros Flexal de Cima, Flexal de Baixo, Bom Parto e Marquês de Abrantes – fora da área oficialmente considerada de risco. Além disso, sugere que a delimitação divulgada pode estar incorreta.
O relatório também destaca falhas no monitoramento, alertando que pequenas subsidências podem estar sendo ignoradas e que novas metodologias, como Laser Scanner e topografia detalhada, são necessárias para avaliar com precisão a gravidade da situação.
Diante dessas descobertas, o Defensor Público Ricardo Melro defende que CPRM e Defesa Civil prestem esclarecimentos urgentes e adotem medidas para revisar a área de risco e reforçar o monitoramento, garantindo maior segurança à população.
Em nota, enviada ao CadaMinuto na noite desta terça (11), a Defesa Civil de Maceió informou que as novas áreas no Mapa de Linhas de Ações Prioritárias passa por rigorosos critérios de avaliação e que o mapa contido na nota técnica, emitida pelo SGB em 04/2022, apresenta dados abaixo da movimentação que deve ser considerada, “o que pode representar apenas valores dentro do limiar de ruído”.
Leia a nota, na íntegra, abaixo:
"NOTA
A Defesa Civil de Maceió informa que a inclusão de novas áreas no Mapa de Linhas de Ações Prioritárias passa por rigorosos critérios de avaliação, que são chancelados pela Defesa Civil Nacional e pelo Serviço Geológico do Brasil.
Entre eles está a velocidade mínima de movimentação de subsidência acima de 5mm/ano, e essa movimentação deve ser persistente durante o período avaliado, além de outros rigorosos critérios que são utilizados para que haja a inclusão.
O mapa em questão, contido na nota técnica emitida pelo SGB em 04/2022, apresenta dados abaixo da movimentação que deve ser considerada, o que pode representar apenas valores dentro do limiar de ruído.
Esses dados de baixa precisão cruzados com os demais critérios de avaliação, não indicam necessidade de inclusão dessas regiões no Mapa de Linhas de Ações Prioritárias. Os apontamentos constam, inclusive, na própria nota técnica.
A Defesa Civil de Maceió reafirma seu compromisso com a transparência de dados e informações e continua monitorando toda a região, trabalhando de forma técnica e responsável, seguindo os padrões estabelecidos."
*Foto de capa: Ailton Cruz