Eduardo Bolsonaro segue em sua vadiagem pelos Estados Unidos com uma missão patriótica. Bancado com o dinheiro do povo brasileiro, o deputado federal está em campanha para que o governo de Donald Trump intervenha de algum modo no Poder Judiciário do país. É um atentado contra a soberania nacional, um crime previsto em nosso ordenamento jurídico. Não sei se é trágico ou apenas ridículo.
Por falar em iniciativas no campo do ridículo, vocês viram um vídeo do senador Marcos do Val, o homem que treinou a Swat, implorando para uma invasão americana ao território brasileiro? Diz ele, com todas as letras: “É pedir pelo amor de Deus para que os Estados Unidos invadam o Brasil, para recuperar a nossa democracia”. Nas reações pela internet, o diagnóstico recorrente é de que o homem enlouqueceu de vez.
Como se sabe, todo aquele diagnosticado com graves problemas mentais é inimputável, não responde por eventuais crimes que venha cometer. Está na letra da lei. Ocorre que Marcos do Val – esse “louco” – estava um dia desses na sessão de reabertura do ano legislativo, nada menos como candidato a presidente do Senado. Retirou a candidatura em cima da hora com um discurso farsesco. Que loucura é essa?
Não é de hoje que bolsonaristas fazem campanha ostensiva contra o Brasil, especialmente em parceria com a extrema direita do partido Republicano dos Estados Unidos. Não começou agora, reitero, mas a eleição de Trump turbinou uma fúria entreguista de causar repugnância. Essa corja pretende o quê exatamente? Cadelas patriotas balançando o rabinho, suplicando a outro país que aja contra o Brasil?!
Bolsonaro, seus acólitos e extremistas de direita em geral “argumentam” que vivemos sob a “ditadura do Alexandre de Moraes”. Ditadura é o que essa gentalha reverencia – aquela que oficializa a censura, tortura e mata inocentes. Viúvas do regime assassino de 64, os golpistas de hoje babam diante de tanques e coturnos. Não esqueça: por quatro anos essas porcarias pregaram “intervenção militar com Bolsonaro presidente”.
Seria importante que a “direita moderada” de Alagoas se pronunciasse a respeito dessa campanha contra o Brasil. Afinal, precisamos saber se nossos representantes na vereança, na Assembleia e no Congresso também defendem que os Estados Unidos invadam nosso território. Até onde sei, nenhum alagoano elegeu sabujos para sabotar os interesses do próprio país. Não faltava mais nada. É cada uma que dá dez.