A praia de Jatiúca, em Maceió, na manhã do domingo de carnaval, tinha o signo da chuva, mas, mesmo assim, a areia estava repleta de pessoas, em suas cadeiras à espera do sol.
Na caminhada diária, esta ativista, absorveu a energia do mar, que transborda recomeços e registrou instantes do domingo carnavalesco, pelas lentes do celular.
No retorno à casa deparou-se com um cabra, visivelmente embriagado ( carnaval, né?) e fez recuo de passos, porque o cabra avançava.
E, ao chegar mais perto, a abordagem foi direta:- Um dia eu estava , com fome, na praça e a senhora me deu o que comer.
Fiz um sinal de ok, um tanto quanto envergonhada, pois a sensação do medo, bloqueou a racionalidade, do momento.
E , me veio o remembre da ocasião ,sobre o que ele tinha falado:
Quando o vi, sentado no banco da praça, suas mãos tremiam, em um balé tresloucado), estava em transe, surto alcoólico, aproximei e pensei em Parkinson, mas, o senhor ao lado, me disse que era a abstinência do álcool e que ele já tinha tomado um gole matinal e logo estaria em forma.
Não fiquei pra ver o resultado da ‘medicação’, entreguei o alimento e segui.
Isso tem um tempo substancial para memórias lúcidas e até eu, já tinha armazenado a informação, em algum lugar do cérebro, mas, ele, o cabra que tremia feito vara verde, em um transe alcoólico, lembrou do alimento recebido, na manhã do domingo carnavalesco.
Encontros inusitados!