Das catacumbas curitibanas, o ex-procurador federal Deltan Dallagnol (foto) esbraveja sobre a denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro. Para o farsante da Lava Jato, os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino não deveriam participar do julgamento do golpista. Segundo o ex-deputado, cassado e inelegível, não há “neutralidade” por parte da dupla – logo, ambos deveriam se declarar impedidos de julgar Jair Messias.
O descaramento da quadrilha que formava a força-tarefa lavajatista é de causar escândalo. Sergio Moro segue a mesma linha no Senado, com aquela pose de defensor da legalidade. Eles, sim, acanalharam o devido processo legal com o único objetivo de alcançar poder político e dinheiro. As gravações que vieram à tona em 2019 desmoralizam todos esses vigaristas que se valiam da toga para corromper a Justiça.
Depois de aprontarem tudo o que aprontaram, é uma piada que esses elementos venham exigir um “juiz neutro e imparcial” para qualquer situação. Moro, Dallagnol e outros degenerados do Ministério Público montaram uma quadrilha que pretendia nada menos que chegar à Presidência. E chegaram. Afinal a eleição de Bolsonaro em 2018 contou com o apoio ostensivo desse bando criminoso. Era tudo politicagem.
É sempre necessário lembrar os fatos. Depois de condenar Lula num processo entupido de ilegalidades, sem provas contra o petista, o juizinho do Paraná virou ministro da Justiça do governo que ele ajudara a eleger. Dallagnol se elegeu deputado, e Moro viria a se tornar senador. Sempre foi esse o negócio. Nunca foi pelo “combate à corrupção”, essa fantasia que embala o golpismo à brasileira desde a aurora da República.
A turma de Bolsonaro, incluindo a patotinha na política alagoana, pode ficar tranquila – ele tem amplo direito à defesa, como deve ocorrer para todos. Nas gravações da “Vaza Jato”, Moro se refere a essa garantia sagrada como “showzinho” de advogados. Era isso. Lula estava condenado na largada, não interessava o que argumentasse.
Aos poucos, o STF anulou vários processos contra políticos que foram acusados pela gang Moro & Dallagnol Ltda. Não por homenagem à impunidade, mas porque as peças acusatórias primam pela ficção e pela distorção grosseira de fatos. As decisões do Supremo reabilitam os princípios de imparcialidade e lisura nas práticas de agentes da Justiça. O vale-tudo dos patifes da Lava Jato deve ser combatido em tempo integral.